O deputado federal Romero Rodrigues (Podemos) começa a ensaiar um movimento de distanciamento gradual e contínuo do prefeito campinense, Bruno Cunha Lima, e os sinais claros desse novo momento vivido pelo mais importante líder político da ‘Rainha da Borborema’ são as reações de aliados e dele próprio nos últimos dias. Se de um lado, aliados de prinmeira hora recusam convites para assumir cargos na edilidade municipal, do outro, o próprio Romero começa a adotar tom de pouco ou nenhum envolvimento com a gestão local.
Sem nenhum receio, o deputado federal do Podemos criticou, nesta segunda-feira (16), a postagem do ex-deputado Pedro Cunha Lima (PSDB) contra o deputado Tovar Correia Lima (PSDB), flagrado na última semana com tom ameno com o governador João Azevêdo (PSB). Cunha Lima, como se sabe, foi às redes sociais dizer que estava decepcionado com o registro.
Em entrevista à CBN, Romero reprovou a atitude do dirigente tucano. “Pedro foi infeliz na postagem. Equívoco profundo. Se fala tanto em nova política e em função de uma foto, acho que sinceramente foi infeliz”, avaliou.
Sobre a sucessão em Campina Grande, o ex-prefeito reafirmou que não pretende antecipar o debate eleitoral, tampouco garantiu apoio ao prefeito Bruno Cunha Lima
“Não vou antecipar esse processo, não sabemos do futuro, não está no radar essa discussão antecipada, está entregues nas mãos de Deus, e em sintonia com o sentimento da população”, resumiu.
Romero comentou suas constantes ausências em eventos da gestão municipal. Segundo o parlamentar, isso se deve para deixar o prefeito Bruno Cunha Lima à vontade.
“Como eu fui prefeito da cidade e agora Bruno está tendo a chance dele. Ele tem toda a autonomia, desde o início do mandato. Já no período prévio da discussão, eu disse a ele que teria toda autonomia. O prefeito precisa ser a principal vitrine da cidade. Como eu fui prefeito, minha presença ajuda, mas também pode atrapalhar. Por que de certa forma tira o foco das ações que Bruno vai desenvolver na cidade. Por isso, deixo ele muito à vontade”, explicou.
Pelo enredo e contexto que vem sendo desenhado, considerando outros ingredientes, a exemplo da presença do senador Veneziano Vital do Rego (MDB) no governo, inclusive com indicações para muitos postos, não é exagero perceber que os últimos movimentos de Romero tem um certo tom de indiferença e distanciamento com o seu atual grupo político, em Campina Grande, cidade que governou por 8 anos. Se isso vai desaguar num rompimento futuro, só o tempo dirá.
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