Faltando pouco mais de um ano para as eleições municipais de 2024, o suspense é a principal palavra ecoada na pequena Juru, cidade localizada no sertão da Paraíba. Pacata, distante da capital e longe dos holofotes dos principais meios de comunicação, Juru possui aproximadamente seis mil eleitores e se destaca, atualmente, por ser uma das poucas cidades governadas por uma mulher.
Mas não é a presença feminina que mais chama a atenção daquele minúsculo torrão sertanejo. Na verdade, o que tem sido alvo de cochichos e tomado conta das ruas e corredores da prefeitura é o suposto rompimento do grupo político do ex-prefeito Luiz Galvão Silva e da ex-primeira dama Dorinha Galvão, com a atual mandatária Solange Félix.
Galvão governou Juru durante o período de 2013-2016 e 2017-2020, sendo o principal cabo eleitoral da atual prefeita, que administra o município desde 2021.
Segundo interlocutores, a mandatária não vem conseguindo manter o legado do ex-chefe do executivo, deixando a desejar em termos de gestão pública. As principais queixas são de atrasos de salários de prestadores de serviços e ausência de pagamento em dia dos fornecedores do município. Também são muitas as críticas sobre a falta de carisma da prefeita, cujo perfil fechado, açodado e centralizador teriam desagradado à maioria do povo.
Porém, aliados da prefeita comemoram resultados de uma pesquisa que indicaria a aprovação do seu governo com mais de 75%. Na interpretação de um grupo da prefeita a aprovação expressiva do governo indicaria que ela é imbatível em 2024, tendo ou não Galvão como seu apoiador.
Defendem que Solange representa o novo. Esta corrente da situação acredita que o estado de saúde de Galvão o impedirá de que concorrer às eleições, pois estará fragilizado e sem condições de fazer campanha.
Já aliados de Galvão comemoram os números de uma pesquisa interna que indicaria ampla vantagem deste sobre Félix numa possível disputa direta entre ambos.
Lembram também que Galvão é um homem de uma fé inabalável, que já venceu grandes batalhas e esta será mais uma que se acumulará em sua trajetória de vida.
Interlocutores também lembram que a aprovação do nome do líder político é tamanha que, mesmo eventualmente fora da disputa, ele teria musculatura para indicar um substituto e formar uma composição com reais chances de vitória. Afirmam que essa possibilidade vem deixando a gestora preocupada, atônita e sem dormir, apesar do discurso de invencibilidade de alguns apoiadores nas redes sociais.
Independente de quem esteja com a razão, é notório o estremecimento entre o ex-gestor e a mandatária, comentam os interlocutores.
Ao autor desta resenha, porém, não cabe entrar no mérito da disputa ou nos motivos do suposto rompimento. Mas uma coisa é certa: o jogo só termina com o apito final e, pelo visto, tem muita água para rolar naquele Município até o ano que vem, pois a política é dinâmica e surpreendente.
Até a decisão final, só resta ao público e aos leitores aguardar uma definição clara sobre o destino político de Juru-PB.
Um Fato, porém, é inquestionável: “Ainda existe vida aí, aqui e acolá e, enquanto existir vida, há esperança”. Veremos as cenas dos próximos capítulos!
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