A Secretaria de Estado da Saúde (SES) promoveu, nesta segunda-feira (27), no auditório da Escola de Saúde Pública da Paraíba (ESP), uma reunião com o intuito de fortalecer as ações de vigilância epidemiológica do sarampo, rubéola e da síndrome da rubéola congênita. A ideia é atualizar os municípios sobre as recomendações do Ministério da Saúde (MS) e Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) para manter a vigilância efetiva do agravo no Estado. Participaram da capacitação representantes da vigilância epidemiológica e da área técnica da primeira, segunda e décima segunda Gerências Regionais de Saúde.
A representante da Gerência Executiva de Vigilância em Saúde e da Gerência Operacional de Vigilância Epidemiológica da SES, Alecsandra Bezerra Monteiro de Oliveira, explicou que estão sendo seguidas exigências para que o Brasil possa receber a certificação da eliminação do sarampo. “Para que o país consiga isso, é preciso que os estados também desempenhem o seu papel, que é de manter os indicadores epidemiológicos conforme preconizado pelo MS e Opas. Uma das exigências é atingir a taxa de detecção adequada, que significa identificar os casos o mais precocemente possível, realizar exames oportunamente e descartar ou confirmar possíveis casos”, pontuou.
Para que as ações sejam efetivas, a Opas reforça e prioriza a importância da cobertura vacinal. É preciso alcançar metas de coberturas vacinais, que no Brasil, para o caso de sarampo e rubéola, é de 95%. A Paraíba tem trabalhado para atingir a meta da 1ª e 2ª doses (D1 e D2) desses agravos. Chegar à cobertura adequada configura a diminuição no número de pessoas ou crianças menores de 5 anos suscetíveis ao adoecimento. O maior risco no país se dá pela baixa adesão aos imunobiológicos que são a principal forma de proteção da doença.
O diretor de setor de Doenças Epidemiológicas do município de Sertãozinho, Lucas Xavier da Silva, enfatizou que a reunião é importante para que seja fortalecida a relação entre município, estado, secretaria e gerência. “É importante participarmos dessas reuniões para passar para o estado a nossa situação e o estado passar as informações para gente. É sempre uma comunicação de mão dupla para estarmos sempre nos atualizando. O Estado está tomando as providências, e essa comunicação vem contribuindo para as quedas das taxas de adoecimento, e possibilitando que a gente possa estar se precavendo de futuras doenças”, explanou.
Na Paraíba, foram notificados 43 casos de sarampo em 2023. Após receber a notificação, é feita uma investigação e a busca dos sinais e sintomas, que correspondem obrigatoriamente à febre e exantema (erupção na pele), que podem ser acompanhados de coriza, tosse ou conjuntivite. É recomendado isolamento aos pacientes com suspeita da doença, até que seja feita toda a apuração da situação epidemiológica e que sejam recebidos os resultados dos exames que podem confirmar ou descartar a doença.
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