Vista geral da região que engloba os bairros Pinheiro, Mutange, Bom Parto e Bebedouro, em Maceió. Moradores tiveram que deixar suas casas devido a instabilidade do solo – (crédito: Robson Barbosa/AFP)
A área da mina 18 da Braskem, em Maceió, registrou um novo tremor na madrugada deste sábado (2/12). Em nota, a Defesa Civil, afirmou que foi registrado um abalo sismo com magnitude de 0,89 a cerca de 300 metros de profundidade.
O deslocamento vertical acumulado da mina, localizada no antigo campo de futebol do CSA, no bairro de Mutange, é de 1,56 cm e velocidade de 0,7 cm por hora. Nas últimas 24 horas, com base em análises sísmicas, foi identificado que a região registrou movimento de 13 cm. A mina, de exploração de sal-gema, pode colapsar a qualquer momento, já que existe um aumento significativo de movimentação da mina 18, deixando a população maceioense em alerta.
“Por precaução, a recomendação é clara: a população não deve transitar na área desocupada até uma nova atualização da Defesa Civil, enquanto medidas de controle e monitoramento são aplicadas para reduzir o perigo”, informou o órgão, em nota divulgada na manhã deste sábado.
Imóveis desocupados
O governo federal autorizou o reconhecimento do estado de emergência em Maceió, por 180 dias, em razão do afundamento da mina. Até o momento, 14 mil imóveis foram desocupados, afetando 55 mil pessoas.
Conforme o Correio mostrou hoje mais cedo, o ministro dos Transportes, Renan Filho, disse, ontem, que a petroquímica Braskem será responsabilizada civil e criminalmente pelo problema. Ele afirmou que a União está atuando para minimizar os impactos da tragédia e ressaltou que a empresa deverá pagar por todo prejuízo ambiental e financeiro causado.
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