Na contramão do país, o volume do setor de serviços na Paraíba apresentou a segunda maior alta do país em outubro, segundo dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), que foram divulgados, nesta quarta-feira (13), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A Paraíba registrou alta de 5,1% em relação ao mês anterior, enquanto o Acre liderou alta com 6,6%. O índice estadual foi na contramão da média nacional, que teve uma queda de 0,6% no mês de outubro e outros 12 estados registaram recuo.
Frente a outubro do ano passado, o setor de serviços da Paraíba também expandiu 7,1%, a segunda maior expansão do Nordeste, enquanto a média do País registrou nova queda de 0,4%.
ACIMA DE DOIS DÍGITOS NO ANO – No acumulado de janeiro a outubro deste ano, a taxa da Paraíba, no setor de serviços, permanece com crescimento acima de dois dígitos – 10,6%, maior índice dos nove Estados do Nordeste e alcançando o 4º maior crescimento da taxa nacional, atrás apenas dos estados de Mato Grosso (16,9%), Paraná (11,7%) e Tocantins (11,4%), enquanto o País cresceu 3,1% no ano até outubro.
Em relação a outubro de 2022, os serviços profissionais, administrativos e complementares e os prestados às famílias exerceram contribuições positivas sobre o volume total de serviços, impulsionados pelo aumento de receita das empresas que atuam com locação de automóveis; serviços de engenharia; agências de viagens; com serviços de bufê e hotéis.
No acumulado no ano do setor de serviços, frente a igual período de 2022, quatro das cinco atividades de divulgação apontaram taxas positivas e crescimento de 57,8% dos 166 tipos de serviços investigados. A contribuição positiva mais importante ficou com o ramo de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio, impulsionado pelo aumento das receitas das empresas de transporte rodoviário de cargas; aéreo de passageiros; navegação de apoio marítimo e portuário; transporte por navegação interior de carga; rodoviário coletivo de passageiros; e armazenamento.
A Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) do IBGE passou neste ano de 2023 por atualizações na seleção da amostra de empresas, ajustes nos pesos dos produtos e das atividades, além de alterações metodológicas, para retratar mudanças econômicas na sociedade.
A PMS produz indicadores que permitem acompanhar o comportamento conjuntural do setor de serviços do país e dos Estados, investigando a receita bruta de serviços nas empresas formalmente constituídas, com 20 ou mais pessoas ocupadas, que desempenham como principal atividade um serviço não financeiro, mas excluídas as áreas de saúde e educação. Ao lado da administração pública, os setores de serviços e de comércio têm os maiores pesos na composição do PIB do País e dos Estados.
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