O ato de apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na Avenida Paulista, em São Paulo, neste último domingo (25), foi uma grande demonstração de força e, sem dúvidas, a mais importante manifestação política desde que perdeu a eleição para o atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em novembro de 2022. Sem medo de errar, nenhum político brasileiro consegue reunir quase 1 milhão de pessoas, segundo cálculos da Polícia Militar de São Paulo, num evento daquele sem qualquer incentivo pecuniário ou estimulante do gênero.
Aliás, para ser ainda mais sincero, Lula e tampouco o ‘consórcio’ que estabeleceu com setores ‘olimpianos’ da sociedade, incluindo judiciário e grande mídia, conseguem demonstrar algo parecido. Aliás, pela amostra da Avenida Paulista, os brasileiros “golpistas” são muito mais numerosos do que os golpeados.
Bolsonaro – e é bom que diga isso – também mostrou sua liderança, tendo sido atendido não apenas pelos parlamentares, governadores, senadores, prefeitos e demais lideranças políticas que marcaram presença no evento, mas ao pedido que fez, ao convocar a manifestação, para que ninguém exibisse faixas provocadoras ou de ataque a opositores e a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Em meio às investigações sobre a participação dele em uma tentativa de golpe de Estado, mais que ocupar cerca de 6 quarteirões da principal avenida do país, o ex-presidente sabia que não poderia alimentar a sanha de quem quer sua ruína por completo.
Mas o que se viu no coração econômico do país foi uma liderança política sinalizar que seu prestígio político permanece intacto, apesar de todo o esforço em sentido contrário de seus adversários. Mais que isso, o que também ficou latente foi que Bolsonaro não precisa buscar fora o que já tem em casa para a disputa futura pela Presidência da República.
Michelle Bolsonaro, ex-primeira dama do país, é a mais clara certeza de que a direita e o bolsonarismo, de modo particular, não precisam recorrer ao alfabeto inteiro quando uma única letra, consoante por sinal, é a chave de todos os problemas e indagações sobre o nome a ser alçado como candidato desse agrupamento nas eleições presidenciais de 2026 contra o lulopetismo.
Subestimada por muitos, ignorada por outros, e até ridicularizada por setores mais caninos e sectários da chamada esquerda brasileira, sobretudo pelo tom samaritano de seus discursos, Michelle é, de longe, o perfil mais condizente para uma retomada do poder pela direita. Mulher, bonita, jovem, cristã, mãe e esposa dedicada ao ofício do lar em conciliação às demais atribuições, inclusive profissionais, Michelle é a mão que casa numa luva e nome que chega bradando aos quatro cantos que também é Bolsonaro.
Na política nada é por acaso. O gesto protagonizado por Bolsonaro de subir o trio elétrico de mãos dadas com Michelle e estender duas bandeiras, do Brasil e de Israel, em meio a acenos para o público, é o atestado mais eloquente de que o ex-presidente do Brasil não tem outro plano para a disputa de 2026 que não seja Michelle.
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