O ministro Napoleão Maia, que livrou o governador Ricardo Coutinho (PSB) da cassação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), está sendo alvo de uma revelação bombástica e que pode levar a ‘Lava Jato’ ao judiciário brasileiro. A Crusoé, revista ancorada pelos jornalistas Diogo Mainardi e Mário Sabino, teve acesso a um anexo inédito da delação da JBS, que mostra a estreita relação entre a advogada brasiliense Renata Araújo e um dos auxiliares do ministro Napoleão Maia, do STJ:
“Para além da proximidade com o próprio Napoleão Maia, a advogada pedia favores – e costumava ser atendida – a um funcionário da confiança do ministro. William Bernardes, o Will, é o ‘capinha’ de Napoleão. Assim são chamados, no jargão dos tribunais, aqueles auxiliares que acompanham os magistrados durante as sessões para ajudá-los no que precisarem. Normalmente, os ‘capinhas’ exercem funções triviais. Estudante de direito e filho de um ex-segurança de Napoleão, Will dá a entender que faz um pouco mais do que apenas carregar processos e puxar a cadeira para o ministro.”
Napoleão Maia, ministro do STJ, foi questionado pela Crusoé sobre a relação entre o seu capinha “Will” e a advogada Renata Araújo, item que consta da delação da JBS. Ele não respondeu, mas na sessão de ontem do tribunal diz ter “adoecido”: “será que é apenas informação colocar um magistrado na capa de revista apontando que fez esse ou aquele ilícito? É liberdade de imprensa? Podemos dizer apenas informando e fazendo propaganda psicológica adversa, subliminar contra reputação, conceito, a paz de espírito? Morro de medo disso porque conheço uma pessoa que adoeceu por conta disso. Uma pessoa que vejo todo santo dia de manhã quando faço a barba. Vítima de insídia. Não consegui desfazer isso.”
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