O número de jovens que não estudam, não trabalham e nem estão procurando emprego cresceu no primeiro trimestre deste ano, de acordo com um levantamento do Ministério do Trabalho divulgado nesta terça-feira (28).
Nos três primeiros meses de 2023, o Brasil tinha 4 milhões de jovens entre 14 e 24 anos nessa situação. Esse número subiu para 5,4 milhões no mesmo período de 2024. Os dados são do IBGE.
Segundo o governo federal, 60% dos jovens que não estudam e não trabalham são mulheres com filhos pequenos, e 68% são negros.
Ao todo, somando com os desocupados (3,2 milhões), que são aqueles que não estudam e nem trabalham, mas estão à procura de emprego, os chamados jovens “nem-nem” são 8,6 milhões no Brasil atualmente.
APRENDIZES E ESTAGIÁRIOS
Em 2024, o Brasil alcançou a marca de 602 mil jovens aprendizes contratados. É o maior valor da série histórica. Segundo o governo federal, 63% desses profissionais são adolescentes de até 17 anos e 37% têm de 18 a 24 anos. Desse total, 59% dos aprendizes não concluíram o ensino médio.
Já os estagiários somam 877 mil pessoas em 2024. É uma alta de 37% em relação a 2023, quando havia 642 mil pessoas trabalhando nessa condição. A maior parte — 661,3 mil — está cursando o ensino superior. Outros 154,8 mil estão no ensino médio.
Os jovens entre 14 e 24 anos representam 17% da população brasileira (34 milhões de pessoas), e a maioria deles (39%) vive na região Sudeste, sendo metade no estado de São Paulo.
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