O Hospital do Servidor General Edson Ramalho (HSGER) está realizando procedimento vascular minimamente invasivo para o tratamento de varizes. A cirurgia ambulatorial substitui a retirada da veia pela aplicação de espumas, com poucos efeitos colaterais, o que garante o imediato retorno às atividades, sem necessidade de internação. A unidade hospitalar, gerenciada pela Fundação Paraibana de Gestão em Saúde, é referência na rede estadual de saúde para este tipo de procedimento, atendendo uma média de 70 pacientes ao mês com o tratamento, por encaminhamento da Central de Regulação Estadual.
O coordenador do setor de Cirurgia Vascular do HSGER, Napoleão Suassuna Júnior, explicou que o procedimento é indicado nos casos em que o paciente tem sintomas como cansaço, dores ou inchaço nas pernas. “A partir do exame de doppler por ultrassom, verificamos se há alteração vascular. O normal da veia é o sangue apenas subir, mas se há oscilação, com subida e descida, aplicamos a espuma, em vez de fazer uma cirurgia que arrancava a veia e demandava uma recuperação de até 30 dias”.
A aposentada Maria de Fátima Gomes, do município de São Miguel de Taipu, já sofre com o problema de varizes há alguns anos. Ela contou que teve um trombo em uma perna e foi necessário ser submetida a uma cirurgia convencional. Mas o problema circulatório acometeu a outra perna dela. “É uma situação terrível para o meu dia a dia. Sinto dor, ardência e queimação na perna, e tenho que parar os serviços de casa, ir pro sofá e colocar uma almofada embaixo da perna”, disse ela, que recebeu a aplicação de espuma.
Já a dona de casa Maria Gorete, do município de Caiçara, voltou para a consulta com o médico que fez seu procedimento uma semana antes. Ela tinha as mesmas queixas de Maria de Fátima, além de formigamento nas pernas, mas já sente melhora dos sintomas neste curto período de tempo. “Era algo que me incomodava muito, até mesmo porque eu sou sozinha para tomar conta de dois filhos e quatro netos”, comentou.
Segundo Napoleão Suassuna Júnior, na realização do procedimento, o médico localiza a veia com problema pelo doppler por ultrassom e injeta a substância. “A gente faz um furinho nessa veia que está doente e aplica a substância de espuma. A gente entope aquele local para que o sangue circule pelas outras veias, que estão saudáveis, encerrando a oscilação sanguínea”, detalhou. Ele alertou que a falta de tratamento pode gerar feridas na perna.
O HSGER doa uma meia de compressão ao paciente, que é colocada pelo médico após o procedimento. De acordo com o coordenador de Cirurgia Vascular, após a aplicação da espuma, o paciente caminha por 20 minutos e vai para casa, devendo manter a meia na perna durante sete dias. “O paciente retorna ao hospital para avaliação e a gente passa o doppler por ultrassom. O acompanhamento é feito com um mês e com seis meses, que é quando damos alta”, relatou.
A diretora assistencial do HSGER, Laís Pinto, ressaltou as melhorias realizadas na unidade, nos últimos meses, sob a gestão da PB Saúde, para beneficiar a população paraibana. “Ampliamos o atendimento vascular com a realização de consultas ambulatoriais e inclusão de procedimentos, aumento de leitos e de profissionais. Além de cirurgias, o Hospital Edson Ramalho disponibiliza a realização de curativos, conforme as necessidades do paciente”, apontou.
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