A Maternidade Frei Damião recebeu, nesta quinta-feira (1º), a visita da equipe do Ministério da Saúde e das áreas técnicas da Saúde da Criança, Vigilância em Saúde e Materno-infantil da Secretaria de Estado da Saúde, para avaliar as notificações de anomalias congênitas. A agenda teve o objetivo de qualificar os dados para fortalecer a assistência aos recém-nascidos (RN) e às gestantes.
Durante a visita, foram discutidos os fluxos da vigilância epidemiológica, para identificar fragilidades que possam comprometer a notificação oportuna e adequada das anomalias congênitas em recém-nascidos. De acordo com a diretora-geral da Maternidade Frei Damião, Marcela Tárcia, a visita vem fortalecer as rotinas já realizadas na maternidade, em relação aos dados informados ao Ministério da Saúde.
“Como maternidade de alto risco, conseguimos identificar algumas dessas anomalias ainda no pré-natal, tendo a oportunidade de direcionar o cuidado antes mesmo do nascimento da criança. É importante destacar que a notificação adequada garante uma assistência qualificada para essas famílias, com o cuidado integral voltado para a saúde do recém-nascido”, afirmou.
De acordo com o consultor técnico do Ministério da Saúde, João Matheus Bremm, a Maternidade Frei Damião tem um perfil atípico, com um baixo volume de registros de crianças com anomalias congênitas. “Aqui na unidade tive acesso a todos os processos, prontuários e sistemas e pude perceber que isso ocorre por conta de um fluxo bem organizado que consegue encaminhar os pacientes diagnosticados no pré-natal para uma unidade de referência que acolha de forma mais completa crianças com anomalias que tenham repercussão clínica grave”, explicou.
João Matheus finalizou a visita enfatizando que a unidade tem feito um trabalho acima da média nacional e que o resultado da visita foi satisfatório. “Fiquei bem satisfeito porque de maneira geral o trabalho feito aqui em relação à notificação de anomalias congênitas está muito acima do que vem sendo observado no país”, finalizou.
Anomalias congênitas – São definidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como defeitos estruturais ou funcionais que ocorrem durante a vida intrauterina, e podem ser identificadas na gestação, no nascimento ou ao longo da vida. Estima-se que, globalmente, 3% a 6% dos recém-nascidos apresentem alguma forma de anomalia congênita. Além da alta incidência, essas condições representam uma das principais causas de morte infantil, sendo a segunda principal causa de morte infantil no país.
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