A Passagem de Paulo Autuori pelo Fluminense chegou ao fim. O diretor esportivo de futebol comunicou sua saída do cargo à direção do clube. Contratado em dezembro de 2017, o dirigente ficou cinco meses na função de diretor esportivo de futebol. Uma sucessão de episódios ao longo das últimas semanas culminaram com a opção pela saída.
Na manhã desta segunda, Autuori chegou a ir ao CT do Flu. O presidente Pedro Abad e o vice-presidente de futebol, Fabiano Camargo, se reuniram com o agora ex-dirigente, que reforçou a vontade de deixar o clube. A saída, inclusive, já foi comunicada aos jogadores. Em nota oficial, Abad destacou o trabalho nos cinco meses.
– Quero agradecer ao Paulo Autuori por todas contribuições que trouxe neste período conosco e pela conduta sempre transparente e íntegra enquanto esteve à frente do carro-chefe do nosso clube – falou.
Autuori, também na mesma nota oficial, desejou sucesso ao Fluminense:
– Foi uma honra ter a oportunidade de fazer parte dessa instituição histórica e vitoriosa. Desejo sucesso ao clube nos próximos passos daqui em diante.
Os motivos por trás da saída
A questão financeira do clube é um dos pontos. Toda e qualquer negociação que envolve pagamentos no Tricolor é de difícil solução. Manter os salários dos jogadores em dia gerou desgaste para Autuori, principal elo entre o elenco e a direção.
A forma como o caso Kleber Gladiador foi conduzido foi um dos episódios que mais desagradou Autuori. O diretor desejava a preservação do atacante e se incomodou com o vazamento das informações de que ele teve a contratação desaconselhada pelo departamento médico em razão de problemas nos joelhos.
Outro episódio de exposição reprovado foi a festa ainda no vestiário do Maracanã após o título da Taça Rio. Autuori queria algo mais restrito a jogadores e comissão técnica, e foi surpreendido com a presença de pessoas de fora do clube, entre eles Rubens Lopes, presidente da Ferj.
O turbilhão político das Laranjeiras também é um dos fatores que deixaram Autuori contrariado. Recentemente, cinco vice-presidentes deixaram o clube. Além disso, algumas correntes internas contestavam o trabalho do dirigente e questionavam até mesmo se valeria a relação custo-benefício.
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