O efeito bolha ocorre quando indivíduos ou grupos estão cercados por informações que reforçam suas próprias crenças, isolando-os de perspectivas divergentes.
Esse fenômeno é especialmente perigoso em campanhas eleitorais, pois os candidatos podem se convencer de uma “sensação de vitória” baseada no engajamento dentro de suas bolhas, sem perceber que o apoio fora desse círculo é limitado. Isso afeta a capacidade de ajustar a comunicação para alcançar grupos mais amplos e diversificados, resultando em uma leitura incorreta da realidade do eleitorado.
Para evitar os perigos do efeito bolha, é essencial expandir o alcance das mensagens, ouvindo e dialogando com diferentes segmentos da população, mantendo-se aberto a críticas e opiniões que estão fora do ambiente confortável de apoio pré-existente.
A disputa pela prefeitura da cidade de São Paulo nas eleições de 2024 está se desenhando como uma das mais intensas do país, refletindo o cenário polarizado da política brasileira que ainda ecoa a polarização entre Lula e Bolsonaro. Um dos candidatos de destaque é Pablo Marçal, um influenciador digital e coach, que aposta em sua vasta base de seguidores nas redes sociais para alavancar sua campanha. Entretanto, o sucesso no ambiente digital não garante vitória nas urnas, especialmente devido ao fenômeno conhecido como “efeito bolha”.
Alek Maracajá
@alekmaracaja
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