Um mergulho nos números da mais recente pesquisa do instituto Genial/Quaest mostra que todo o esforço de investimentos do governo Lula (PT) nos grandes conglemerados de mídia, donas das mais importantes rádios e tevês do país, não tem sido capaz de converncer os brasileiros de que a administração petista está dando certo e fazendo bem as suas vidas. Sobre a cobertura midiática, 43% afirmam ter visto mais notícias negativas sobre o governo, enquanto 28% destacaram notícias positivas. O aumento no Bolsa Família é citado como a notícia mais favorável, enquanto a polêmica portaria da Receita Federal sobre o PIX aparece como a mais negativa.
A pesquisa Genial/Quaest revelou que a aprovação do governo Lula caiu cinco pontos no último mês, enquanto a avaliação negativa subiu seis pontos no mesmo período. Metade dos entrevistados (50%) acredita que o Brasil está indo na direção errada, contra 39% que veem o país no caminho certo.
A percepção de que Lula não está cumprindo suas promessas de campanha é compartilhada por 65% dos entrevistados. Além disso, 83% apontam que os preços dos alimentos continuam subindo, o que pode reforçar a ideia de ações federais nesse sentido.
O fato é que o governo não enfrenta apenas um foco localizado de insatisfação, como até dias desses alguns dos seus portavozes mais acreditadados queriam passar à opinião pública, mas uma onda de reprovação começa a ganhar corpo e forma em todo o país, inclusive na região Nordeste, uma espécie de bastião da resistência do lulopetismo, alimentada pelo elevado custo de vida, comprovado pelo aumento nos preços dos alimentos, combustíveis e energia elétrica, comprometendo uma fatia maior do orçamento das famílias.
Essa combinação, aliado aos juros nas alturas e ao movimento crescente e desacelerado de prececiação do Real, vem turbinando a sensação de que a vida no Brasil está cada vez mais cara e difícil.
A verdade é que as expectativas em relação ao governo Lula eram altas, especialmente após uma campanha centrada na recuperação econômica e na redução da desigualdade social. Quando as promessas não parecem se traduzir rapidamente em melhorias percebidas, isso gera frustração. E pior, diante da escalada de preços dos alimentos, começa a ganhar espaço não muito especial nas etiquetas dos produtos vendidos em supermercados, mercadinhos, mercearias e até em feiras livres.
Aliás, com a ajuda do próprio governo e sua coletânea de erros, a oposição vai avançando sem precisar fazer muito esforço, emparedando o governo e a própria mídia que o defende, utilizando todo o arsenal de oportunidades oferecido pelas redes sociais e convencendo a cada dia que o tempo de Lula já passou. E se o governo Lula quiser realmente reverter essa situação, vai ter que correr contra o tempo, pois, do contrário, corre o sério risco de morrer por inanição popular.
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