A Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais (APCF), que representa uma das carreiras da Polícia Federal, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para atuar como interessada na ação que discute a legalidade da adoção do voto impresso a partir das eleições deste ano.
O tema deve ser julgado pelo tribunal nesta quarta-feira (6). O pedido da associação está com o ministro Gilmar Mendes, que pode tomar uma decisão ainda nesta segunda-feira (4).
A Ação Direta de Inconstitucionalidade 5889 foi movida pela Procuradoria-Geral da República contra trecho da minirreforma eleitoral de 2015 sobre o voto impresso. Na visão da PGR, a impressão de um comprovante compromete o sigilo do voto.
O perito criminal federal Marcos Camargo, presidente da APCF, afirma que o voto impresso, contudo, complementa o sistema eletrônico.
“Todo e qualquer sistema unicamente eletrônico está sujeito a falhas e, por isso, a incorporação de um componente analógico de auditoria aumenta de forma substancial sua segurança. Essa é uma constatação prática que orienta a segurança da informação no mundo todo”, explica Camargo.
A APCF representa a carreira da Polícia Federal que tem participado dos testes nas urnas. De acordo com a lei, o voto impresso deve funcionar da seguinte maneira: após a conclusão da votação na urna eletrônica, deve ser impresso um comprovante para o eleitor conferir se o sistema registrou seu voto corretamente.
“O eleitor lê o comprovante através de um visor, ainda na cabine de votação secreta, sem tocar o papel ou levá-lo para a casa”, afirma o presidente da APCF.
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