Quando Abel Braga entrou em contato, na manhã de sábado, para solicitar uma reunião, o presidente Pedro Abad sabia que o ciclo do então treinador havia chegado ao fim no Fluminense. A conversa, que selou a saída do treinador, foi o último capítulo de uma situação que se anunciava ao menos há uma semana.
Além do desgaste pela crise financeira, que atrasa salários e dificulta a contratação de reforços, Abelão, como anunciou no comunicado em que explica o pedido de demissão, chegou à conclusão de que era o momento de descansar e cuidar da família, o que não fazia desde dezembro de 2016.
Logo após o encontro, Abad e o vice de futebol Fabiano Camargo traçaram o plano para a reposição: desejam contratar o substituto até o dia 26, data da reapresentação do elenco, para o próximo trabalho começar ainda no recesso da Copa . Neste cenário, dois nomes são opções: Zé Ricardo e Dorival Junior.
Os dois estão desempregados, após terem deixado Vasco e São Paulo, respectivamente. Zé, também com trabalho recente no Flamengo, é visto nas Laranjeiras como um dos melhores técnicos da nova geração. Antes mesmo de ser presidente, Abad admirava o trabalho de Dorival. Por ora, não há negociação assim como, por enquanto, Leo Percovich, do sub-20 tricolor, não foi cogitado.
A reconstrução irá atingir a comissão técnica e o departamento de futebol. Além de Abel, deixam o clube ao menos o auxiliar Leomir e o preparador físico Manoel Santos – ainda não há definição quanto a outras baixas. Paulo Angioni é o nome escolhido para ser diretor executivo, na vaga de Paulo Autuori, que também pediu demissão.
A direção, ao menos, conseguiu, na última sexta-feira pagar mais um mês de direito de imagem que estava atrasado. Agora, o grupo de jogadores tem por receber um mês CLT e um mês de direito de imagem, ambos vencidos em junho.
Globoesporte
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