Em virtude da repercussão negativa de uma declaração na qual prometia tirar Lula da cadeia, caso fosse eleito, o presidenciável Ciro Gomes, do PDT, quase anunciou sua desistência de concorrer ao Palácio do Planalto nas eleições de outubro próximo, revela o jornal Estado de São Paulo.
Conforme a publicação, interlocutores do PDT dizem que ele chegou a ameaçar abandonar a campanha e precisou do irmão, Cid Gomes, para contê-lo. Em São Paulo, Marina Silva, pré-candidata da Rede Sustentabilidade, disse à imprensa que a interferência do Judiciário na política brasileira não é gratuita.
Ainda de acordo com o jornal, o secretário de Turismo do Governo do Ceará, Arialdo Pinho, se recusou a assumir qualquer cargo na campanha de Ciro Gomes, seu amigo e eterno operador político. Motivo: Ciro está fora de controle.
José Robalinho Cavalcanti, presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), também condenou a declaração de Ciro Gomes. “Todos sabem, e o Ciro também, que não cabe ao presidente da República botar ninguém em caixinha. Simplesmente porque não existe essa possibilidade: Ministério Público e Judiciário já trabalham dentro da caixinha da Constituição”, e completou: “fica claro que o candidato do PDT se incomoda com “a independência do trabalho dessas instituições”.
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