O candidato à presidência da República pelo PDT, Ciro Gomes, continua uma ‘fera’ com a bola nas costas que levou do PT. Hoje, no Rio de Janeiro, durante a convenção local, Ciro criticou a insistência da sigla no nome do ex-presidente Lula, condenado e preso por corrupção no âmbito da operação Lava Jato. “Eles querem criar uma comoção no país para quando o Lula for declarado inelegível, eles apontam um novo poste. A pergunta é: o Brasil aguenta outro poste? Ou parte da grave situação que estamos vivendo devemos à escolha de um poste [Dilma Rousseff] pelo Lula?”, afirmou o presidenciável na convenção do PDT-RJ, segundo o relato da Folha.
Condenado em segunda instância, Lula será confirmado como candidato, mas tem remotas chances de ser confirmado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) em razão da Lei da Ficha Limpa. A intenção da sigla é anunciar o eventual substituto apenas depois da decisão da Justiça sobre a candidatura.
Ciro voltou a criticar o que chamou de “degola” das candidaturas a governador de Márcio Lacerda (PSB) em Minas Gerais e de Marília Arraes (PT) em Pernambuco, fruto do acordo entre as duas siglas. “É politicamente inusual que um partido sacrifique seus próprios quadros em nome da neutralidade de outro. Se fosse uma aliança com o PT, tudo certo. Mas uma aliança para tirar segundos de um parceiro é absolutamente inusual. Mas em tempos de golpe, até isso é possível”, afirmou o presidenciável.
“O que não nos parece razoável é o PT sacrificar uma jovem liderança em Pernambuco para tirar segundos da minha possibilidade de falar ao povo brasileiro”, declarou ele.
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