A polícia deteve um motorista de aplicativo, de 36 anos, após ele simular o próprio sequestro para tentar quitar uma dívida com a dona de um bar, em Praia Grande, no litoral de São Paulo. Depois de encontrar a suporta vítima amarrada em meio a um matagal e seu veículo, que é rastreado via satélite, o caso foi esclarecido, e o suspeito indiciado.
Uma denúncia ao telefone 190 da Polícia Militar mobilizou soldados a procurarem pelo corpo de um homem, que estaria nas proximidades do bairro Curva do ‘S’, na Rua Serra Leoa, no entorno do Centro de Detenção Provisória (CDP) da cidade. Equipes chegaram ao local, entraram na mata e depararam-se com o rapaz deitado, desacordado e amarrado na vegetação.
Aparentando estar debilitado, ele despertou minutos depois, e disse que havia sido vítima de um sequestro relâmpago enquanto trabalhava como motorista de um aplicativo de transporte. Segundo ele, dois ladrões simularam ser passageiros, anunciaram o roubo de bens e do veículo, o colocaram no porta-malas e o deixaram em um lugar incerto.
Diante da história, os policiais militares tentaram buscar imagens no sistema de monitoramento da cidade que pudessem indicar o trajeto do veículo durante o suposto crime. Enquanto isso, o motorista foi levado para atendimento médico na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Samambaia e, depois, até o 2º Distrito Policial para registrar o fato.
Na delegacia, ainda segundo a polícia, o rapaz relatou que o carro dele tinha monitoramento via satélite. Os investigadores e os soldados da Polícia Militar, então, conseguiram acesso ao sistema e foram até a localização do veículo, que estava estacionado em uma casa na Rua São Jorge, no bairro Mirim, em boas condições e sem qualquer aparência de dano.
A dona do imóvel, uma comerciante, informou que, na noite anterior, o próprio motorista havia deixado o veículo com ela para quitar um empréstimo de R$ 2 mil. Na ocasião, ele teria ficado embriagado e utilizado drogas. A versão foi levada em consideração e confrontada com a suposta vítima, que admitiu ter feito uma falsa comunicação de crime.
Ainda em conversa com testemunhas, os policiais disseram que foram informados de que ele recebeu ajuda de uma outra pessoa para simular ter sido amarrado na mata. Sem esclarecer o real motivo de ter acionado a polícia, o motorista foi autuado na Polícia Civil por falsa comunicação de crime, e acabou liberado após assinar um termo circunstanciado. O caso é alvo de investigação.
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