O polêmico halo voltou a ser colocado à prova nesta sexta-feira (31), na segunda sessão de treinos livres para o GP da Itália. Depois que o DRS de sua Sauber não fechou automaticamente assim que ele freou para a primeira chicane do circuito de Monza, Marcus Ericsson bateu com violência no muro, a cerca de 320km/h e capotou três vezes.
Assim como acontecera com seu companheiro de equipe no último domingo, as marcas no halo deixaram claro que a proteção foi atingida no acidente.
Mesmo assim, o halo ainda não convence todos os pilotos do grid. Para Max Verstappen, houve um exagero na reação ao acidente de Leclerc, cujo halo foi atingido pela roda dianteira esquerda da McLaren de Fernando Alonso, que levantou voo depois que foi atingida pela Renault de Nico Hulkenberg.
“Acho que as imagens foram piores do que o acidente em si”, disse o holandês à reportagem. “Porque o carro não caiu em cima do outro, mas sim passou por cima. Como o halo vai até tão longe de onde o piloto está, claro que vai bater nele. Então acho que, mesmo sem o halo, Leclerc não seria atingido. Acho que fizeram muito drama.”
A opinião de Verstappen não poderia ser mais diferente do que de seu companheiro, Daniel Ricciardo. Para ele, não é exagero dizer que o halo salvou a vida de Leclerc.
“Eu sempre fui a favor de termos uma proteção. Claro que ninguém nunca foi a favor do visual, mas principalmente depois do acidente de [Justin] Wilson [na F-Indy], há dois anos, deixei muito claro que era a favor. Tem uma imagem onboard, acho que do carro de Hartley, que mostra que o carro do Fernando estava vindo de lado (nas outras filmagens, parece que ele vinha de cima, mas nessa dá para ver que é de lado). Teria passado pelo menos muito perto se o halo não estivesse lá. Então acho que ele cumpriu seu papel. E acho que é legal para aqueles que não apoiaram a ideia porque agora temos a prova de que o halo provavelmente salvou a vida de Charles.
“Entre os envolvidos no acidente, é melhor ter essa dúvida do que um acidente com consequências mais graves. “Poderia ter sido a cabeça, a mão, ou poderia ter pego no volante. De qualquer forma prefiro que o halo esteja lá e que estejamos com essa dúvida”, disse Fernando Alonso.
Leclerc foi no mesmo caminho. “É difícil dizer o que teria acontecido sem o halo. Nem queria pensar no que teria acontecido e acho que o acidente provou que o halo tem seu lugar na F-1.”
O monegasco saiu sem qualquer ferimento do acidente do último domingo. O mesmo aconteceu na batida desta sexta-feira em Monza: Ericsson chegou a passar pelo centro médico devido à intensidade do impacto, mas logo foi liberado e voltou caminhando normalmente aos boxes.
Ao longo da segunda sessão, Leclerc testou por várias vezes o DRS, sistema que diminui a resistência ao dar da asa traseira, aumentando a velocidade do carro, e o equipamento não apresentou mais problemas.
Com a bandeira verde, os pilotos foram para pista e Sebastian Vettel foi o mais rápido do segundo treino livre. O alemão anotou o tempo de 1min21s105, 0s207 à frente do companheiro de equipe, Kimi Raikkonen.
Líder do campeonato, Lewis Hamilton terminou a atividade na terceira colocação, seguido por Valtteri Bottas.A classificação para o GP da Itália será neste sábado, a partir das 10h da manhã, pelo horário de Brasília.
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