A Operação Black Friday foi desencadeada nesta quarta-feira (19) prendeu cinco agentes penitenciários e pessoas comuns por vender celulares por R$ 15 mil e carregadores por R$ 5 mil, na Penitenciária de Segurança Máxima Romeu Gonçalves Abrantes, o PB1, em João Pessoa. A autuação foi feita pelo Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público da Paraíba (MPPB), a Delegacia Especializada no Combate ao Crime Organizado (Deccor) e a Gerência de Inteligência e Segurança Orgânica da Secretaria de Administração Penitenciária (Gisop/Seap).
Os cinco presos são investigados por corrupção ativa e passiva, lavagem ou ocultação de ativos financeiros e participação em organização criminosa. A Operação Black Friday é uma ação controlada (medida especial de investigação) realizada para coletar provas que demonstraram que os aparelhos celulares eram vendidos por diversos agentes penitenciários aos detentos.
Segundo informações do Gaeco, é do conhecimento da sociedade que a entrada de celulares e similares nos estabelecimentos penais é um dos mais graves e complexos problemas que desafiam a Administração Penitenciaria e o sistema de Justiça. Isso porque esses aparelhos são utilizados como instrumentos de orientação e coordenação de práticas ilícitas pelas organizações criminosas que atuam dentro e fora dos presídios.
“Esses aparelhos adquiriram, ao longo dos anos, status de armas poderosas nas mãos de criminosos, inclusive o presente esforço busca aclarar se tais celulares comercializados foram utilizados no planejamento do resgate de presos ocorridos no dia 10 de setembro último”, afirma o Gaeco do MPPB.
Após a fuga de detentos do PB, no dia 10 deste mês, o MPPB solicitou transferência de apenados para presídios federais. Entre os transferidos, está Livaci Muniz da Silva, conhecido como ‘Galeguinho’. Ele foi levado para o presídio de Porto Velho, em Rondônia. O preso é um dos quatro que teriam motivado a ação de resgate no PB1, no último dia 10 de setembro, e que foram detidos após atacar um carro forte, em Lucena, no dia 6 de agosto.
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