O candidato ao Governo da Paraíba pelo PV, Lucélio Cartaxo, disse nesta sexta-feira (21), em entrevista ao programa Correio Debate, da Rede Correio Sat, que a atual administração, capitaneada pelo governador Ricardo Coutinho (PSB), foi uma grande decepção em áreas estratégicas e essenciais aos paraibanos e paraibanas. Cartaxo afirmou que a Paraíba vive uma crise sem precedentes na segurança, uma política de impostos que asfixia do cidadão ao empresário e uma educação que prefere fechar a abrir escolas.
“Infelizmente pela terceira vez consecutiva, ou seja, nos últimos seis anos, o Ideb faz um balanço da educação como reprovada no estado. 37% das escolas foram fechadas pelo atual governo, o que dificulta o acesso a educação. Vamos investir muito em educação, pensar ela como circulo virtuoso, que começa na base, com a creche. Quanto mais cedo a criança chega na escola melhor é o seu desenvolvimento”, disse.
Cartaxo propõe que o Estado tenha uma política objetiva de desenvolvimento que privilegie o empreendedorismo e o pleno emprego. “O estado tem aumentado com muita frequência o ICMS e impostos, e isso não está certo. Sempre converso com os empresários e o que observamos é uma coisa absurda: os cidadãos trabalhando com seus mercadinhos gradeados com medo da violência. É uma inversão de papéis. Tivemos mais de mil estabelecimentos comerciais fechados na Paraíba nos últimos anos”, realçou.
Na entrevista, Lucélio disse que o governo atual criou uma expectativa há oito anos dizendo que iria resolver a segurança pública em seis meses. “Além de não resolver, piorou absurdamente” e apontou: “vamos realizar concurso público de verdade, não em véspera de eleição como o atual governo faz. Os últimos dois concursos para segurança foram em época de eleições. Nós temos 8,5 mil policiais militares, mas por lei são necessários 18 mil. Temos menos na metade do que é necessário. Temos um policial trabalhando por quatro. Na região metropolitana, um milhão de pessoas moram e apenas quatro delegacia funcionam durante à noite. Na Zona Rural é de que as pessoas não possuem liberdade e fecham as portas às 18h, botando animais para dormirem na cozinha com medo de bandidos levarem. Tem gente saindo do campo para morar na cidade por conta dessa falta de segurança. Vamos investir muito em segurança, fazer concurso e chamar os aprovados”.
Lucélio ainda abordou a saúde e comentou que falta transparência, sobretudo nos contratos com Organizações Sociais, a exemplo da Cruz Vermelha que administra o Trauma, na Capital. “Iremos realizar o Hospital de Trauma do Sertão. Não dá mais para o sertanejo passar quatro horas na estrada para ser atendido aqui em João pessoa ou Campina Grande. Iremos revitalizar os hospitais regionais da Paraíba. As pessoas são atendidas de acordo com a cor partidária. Se for ligado ao governo o atendimento é mais rápido. Iremos fazer com que os regionais façam cirurgias seletivas. Iremos descentralizar a saúde”, pontuou.
Sobre a relação do governo estadual com os demais poderes, Lucélio questionou se “alguém já ouviu questionamento por parte da Câmara Municipal para a Prefeitura de João Pessoa com relação ao duodécimo? Não. O duodécimo é lei. Iremos tirar do papel a comissão interpoderes, o que só existe no papel. Aquilo que é direito de cada poder será repassado. Iremos dialogar e encontrar soluções de forma conjunta”, finalizou.
Com Portal Correio
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