Douglas não esquece o dia em que, aos cinco anos, teve de correr na companhia da mãe e buscar refúgio numa padaria para não ter as chuteiras vermelhas recém-compradas a 40 reais roubadas por meninos um pouco maiores que ele. Nascido na Ilha do Governador, no Rio de Janeiro, ele passou por uma longa trajetória até chegar ao Corinthians, onde já acumula 15 jogos e um gol.
– Vida de jogador não é fácil. Muitos falam que a gente tem fama, que a gente tem dinheiro, mas não olham para trás para ver tudo o que a gente passou. Só falam do momento – disse Douglas.
De volta à equipe titular nesta sexta-feira, às 21h (de Brasília), diante do Flamengo, pela 28ª rodada do Brasileirão, o volante relembrou sua trajetória no futebol em conversa com o GloboEsporte.com.
Após dar os primeiros passos no Centro Esportivo Educacional Meninos da Paz, na Ilha, e chegar ao Vasco, ele foi levado ao Fluminense com apenas cinco anos. Para se tornar um jogador de futebol, porém, foi necessário persistir e contar com o apoio da família.
– Se você não tiver foco e não quiser muito, não chega. Tive apoio da minha família a todo momento. Meu pai (José Augusto) deixava de trabalhar para me levar em jogo e os frutos a gente colhe agora. Minha mãe (Ivanir) ficava ainda mais na correria comigo, eu sentava nos pés dela quando o ônibus estava lotado. Hoje posso dar tudo para eles – destacou o corintiano.
Foram muitos anos de base no Fluminense até a saída para o Timão, em julho. Por lá, cresceu, amadureceu e até virou pai aos 17 anos – hoje tem 21.
G1
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