A Fifa lançou pela primeira vez, nesta terça, a cartilha “Estratégia Global para o Futebol Feminino”. O documento de 18 páginas explica como a entidade vai trabalham em conjunto com membros associados, clubes, jogadoras, imprensa, fãs e outras partes interessadas para compreender o potencial da modalidade.
A secretária-geral da Fifa, Fatma Samoura, destacou a importância do lançamento da cartilha. Para Samoura, pioneira em um dos cargos mais importantes da entidade, o fortalecimento do futebol feminino vai trazer benefícios não somente para as praticantes do esporte, mas também para as mulheres, de uma maneira geral.
– Como primeira secretária-geral da Fifa, estou orgulhosa por lançar nossa primeira estratégia global para o futebol feminino. A modalidade é uma das prioridades da Fifa e através da nossa nova estratégia trabalharemos junto com 211 membros associados pelo mundo para aumentar a participação da base, melhorar o valor comercial do futebol feminino e tornar mais fortes as estruturas em volta da modalidade, para garantir que tudo que fazemos é sustentável e tem fortes resultados.
“O mais importante é que isso vai tornar o futebol mais acessível para meninas e mulheres, além de encorajar o empoderamento feminino, assunto de muita importância, agora mais que nunca.”
Para cumprir os principais objetivos, a Fifa vai se basear em cinco pilares:
1. Desenvolver e crescer dentro e fora do campo
Criar programas de desenvolvimento feitos sob medida para os membros associados, academias globais de futebol feminino, futebol nas escolas, desenvolvimento e mentoria de treinadoras e desenvolvimento de árbitras.
O objetivo é ter as estratégias em 100% dos membros associados e dobrar o número de associações com ligas juvenis em 2026, aumentando o acesso ao futebol feminino para meninas.
2. Melhorar as competições femininas
Aproveitar a popularidade da Copa do Mundo de futebol feminino, desenvolver novas competições Fifa, tornar o calendário internacional mais forte e otimizar as competições regionais de todos os níveis.
3. Exposição e valor
Criar programa comercial dedicado ao futebol feminino, oferecer alternativas de distribuição de conteúdo digital, nomear embaixadoras do futebol feminino e trabalhar com organizações e influenciadores ativos em promoção e proteção de direitos humanos.
4. Igualdade de gênero nas lideranças
Garantir o futebol feminino e a representação feminina nos principais órgãos de decisão, melhorar estruturas regulatórias para impulsionar a profissionalização e capacitar aqueles dedicados à modalidade e promovar uma rede global.
O objetivo é que cada membro associado tenha pelo menos um cargo no Comitê Executivo dedicado os interesses das mulheres e até 2026 ter pelo menos uma mulher ocupando esse cargo, além de, até 2022, pelo menos um terõ do comitê de membros da Fifa ser formado por mulheres. As medidas também visam fortalecer e expandir o Programa de Desenvolvimento de Lideranças Femininas e promover profissionalização e supervisão regulatória.
5. Educar e empoderar
Criar parcerias com ONGs e organizações para aprofundar o impacto social, implementar e apoiar campanhar de empoderamento feminino, desenvolver programar com membros associados em nível nacional.
A entidade pretende direcionar e focar em questões sociais e de saúde específicas, além de alcannçar ONGs e partes interessadas do governo em desenvolver projetos sustentáveis que melhorem a vida das mulheres.
G1
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