Copeiro. Moldado dessa forma por Mano Menezes, o Cruzeiro se mantém no olimpo da Copa do Brasil. Um time cascudo, experiente e com os nervos no lugar mesmo nas situações adversas, como a aparição do VAR em dois lances capitais na decisão da Arena Corinthians. Assim, a pressão da Fiel Torcida foi neutralizada e o Timão sucumbiu na noite desta quarta-feira. Um 2 a 1 dramático, concluído com categoria e frieza de Arrascaeta em contra-ataque letal. O uruguaio, herói em 2017 contra o Flamengo, repetiu o brilho para tornar os celestes hexacampeões.
Para chegar à glória pelo segundo ano seguido, a Raposa precisou de calma. No velho clichê, jogar com o regulamento, um benefício gerado pelo 1 a 0 no Mineirão, na semana passada. E Robinho tornou tudo mais fácil ao abrir o placar aos 29 minutos do primeiro tempo. O garoto Léo Santos, que fez sacrifício para jogar após problema físico, errou feio ao tentar sair bonito na defesa e abriu o caminho para os celestes.
Foi aí que a arbitragem de vídeo deu as caras. Com cinco minutos do segundo tempo, Ralf dividiu com Thiago Neves na área e pediu pênalti. O árbitro Wagner do Nascimento Magalhães ignorou de cara, mas chamou o VAR e anotou a penalidade, convertida por Jadson.
Pouco depois, nova atuação do VAR. Mas desta vez frustrante para o Corinthians. Pedrinho marcou golaço de fora da área, que acabou anulado por falta de Jadson em Dedé no lance anterior. O Cruzeiro conseguiu esfriar a pressão alvinegra, colocou a bola no chão e contou com a estrela de Giorgian De Arrascaeta para chegar ao 2 a 1 e fazer a festa em Itaquera.
O Corinthians volta a campo no próximo domingo, pelo Campeonato Brasileiro. O time de Jair Ventura enfrenta o Vitória em Salvador às 16h (de Brasília). Na mesma data o Cruzeiro recebe a Chapecoense no Independência, às 19h.
O melhor: Dedé
O zagueiro do Cruzeiro fez uma partida quase perfeita em Itaquera. Preciso na defesa, com antecipações e saídas de jogo, o zagueiro ainda levou perigo ao Corinthians ao aproveitar bolas alçadas na área. Em uma delas, o defensor cruzeirense acertou a trave.
O pior: Léo Santos
O jovem jogador do Corinthians até começou a partida com boa participação, mas errou e deu a chance de o Cruzeiro marcar o gol na Arena. No lance, Léo Santos se atrapalhou ao dominar a bola e viu Rafinha roubá-la e avançar até a área. Na sequência da jogada, Barcos acertou a trave e Robinho marcou.
Jair faz três mudanças
Com a necessidade de reverter a vantagem do Cruzeiro, o Corinthians entrou em campo com muitas mudanças. Jair Ventura escalou Jonathas no comando do ataque, com Emerson Sheik aberto à direita e Romero à esquerda. No meio-campo, o treinador optou pela dupla de volantes Ralf e Gabriel, com Jadson centralizado à frente.
Corinthians esboça pressão
Após um jogo estudado e concentrado no meio-campo, o Corinthians esboçou uma pressão em casa a partir dos 18 minutos de jogo. Com mais posse de bola, o time alvinegro passou a sofrer com o contra-ataque do Cruzeiro, sempre armado por Thiago Neves, que explorou a velocidade de Rafinha pela esquerda.
Três amarelos para o time da casa
Visivelmente nervoso com a marcação cerrada do Cruzeiro, o Corinthians passou a fazer faltas mais duras. Em apenas 32 minutos, a equipe de Jair Ventura recebeu quatro cartões amarelos – Ralf, Gabriel, Sheik e Fagner foram advertidos. Do lado cruzeirense, Rafinha e Thiago Neves também ficaram pendurados logo na etapa inicial.
Uol
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