O estádio lotado nesta quarta-feira é um sinal de que o torcedor do Palmeiras acredita na vitória sobre o Boca Juniors, da Argentina, e na classificação para a final da Taça Libertadores. Mais de 38 mil ingressos foram vendidos antecipadamente para o confronto, que terá início às 21h45 (horário de Brasília).
Líder do Campeonato Brasileiro, o Palmeiras de Felipão tenta voltar a disputar uma final de Libertadores depois de 18 anos. Para isso, precisa vencer o Boca por três gols de diferença. Se a vitória for por 2 a 0, a decisão será nas cobranças de pênaltis.
Veja motivos que fazem o palmeirense confiar na classificação:
Felipão no banco e viradas
Luiz Felipe Scolari foi o comandante do título de 1999 e do vice de 2000 na Libertadores. Em ambas as temporadas, o Palmeiras construiu a campanha com viradas importantes nos mata-matas.
Em 1999, o Verdão duelou com o River Plate, da Argentina, na semifinal. No jogo de ida, derrota por 1 a 0 em Buenos Aires. Na volta, vitória palmeirense por 3 a 0. Na decisão, novamente derrota por 1 a 0 na Colômbia contra o Deportivo Cali e vitória no Palestra Italia por 2 a 1.
Em 2000, o Palmeiras passou pelo Peñarol nas oitavas de final nas cobranças de pênaltis. Em Montevidéu, derrota por 2 a 0, mas vitória por 3 a 1 na volta – ainda não havia o critério dos gols como visitante como desempate. O jogo contra os uruguaios, aliás, foi a única vez que o Verdão conseguiu inverter a desvantagem de dois gols do primeiro jogo.
Na semifinal de 2000, o Verdão perdeu o jogo de ida para o Corinthians por 4 a 3, mas venceu o segundo por 3 a 2. A classificação para a decisão veio nos pênaltis, com direito a mais uma atuação história de Marcos.
Artilharia pesada
Deyverson será o escolhido por Felipão para comandar o ataque palmeirense nesta quarta-feira. E a escolha pelo centroavante se justifica pelo desempenho recente: ele virou um dos grandes destaques na boa campanha da equipe no Brasileirão.
Pouco utilizado com Roger Machado, Deyverson evoluiu com Felipão e já soma sete gols na competição nacional. Mas ele ainda não marcou no torneio sul-americano.
Miguel Borja é o artilheiro da Libertadores de 2018, com nove gols marcados. A média é de quase um gol por jogo do colombiano, já que o camisa 9 entrou em campo nas 11 partidas do Verdão no torneio sul-americano.
Campeão da Libertadores em 2016, Borja tem um histórico de decisão no torneio. Ele estreou pelo Atlético Nacional apenas na semifinal daquela edição, mas marcou cinco gols contra São Paulo e Independiente de Valle.
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