Após sinalizar que não utilizará a Granja Santana como residência oficial, conforme antecipou o Tá na Área, com base numa informação repassada por fonte acreditada no ‘jardim girassol’, o governador eleito João Azevedo revolveu dar mais um gesto que demonstra um perfil um tanto diferente em relação a Ricardo Coutinho, atual governador e do mesmo partido, o PSB. Prova disso foi o registro recente feito pelo deputado Wilson Filho (PTB), que coordena à bancada federal da Paraíba pela terceira vez nos últimos anos, no qual o parlamentar lembou que pela primeira vez em oito anos um governador participa dos encontros, em Brasília, para definição de emendas ao Orçamento da União para o Estado.
A observação ocorreu na reunião da bancada federal recentemente. Era uma referência à participação do governador eleito João Azevedo ao evento, apresentando prioridades da Paraíba e aceitando as limitações de recursos.
O parlamentar, integrante do esquema governamental na Paraíba, não fez referências ao governador Ricardo Coutinho. Nem precisava. É ele o governador nos últimos oito anos.
O registro do deputado Wilson Filho ganhou a ressonância do senador Cássio Cunha Lima, que fez questão de elogiar a postura do futuro governador João Azevedo, assim como também fez o prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo, que vai dialogar com deputados e senadores todos os anos, comportamento seguido pelo prefeito Romero Rodrigues.
O novo governador da Paraíba não apenas participou da reunião da bancada, foi ao gabinete dos deputados, alguns deles de oposição aqui no Estado.
A atitude parece de humildade. Parece está disposto ao diálogo. Parece uma nova postura.
Ainda é cedo para conclusões definitivas, mas, se assim permanecer, João Azevedo estará agindo de modo totalmente oposto ao de seu padrinho político, o governador Ricardo Coutinho, mais afeito a exigir do que pedir, a cobrar do que dialogar, a mandar do que liderar.
Impossível avaliar, já agora, mas não dá para não se indagar se um estilo mais moderado de governar não será capaz de suplantar e deixar para trás os modos mais imperativos e autoritários de comandar. O tempo está para dizer.
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