O presidente do Conselho Regional de Economia da Paraíba (Corecon-PB), Celso Pinto Mangueira, defendeu, após o lançamento do documento “Paraíba: desafios ao desenvolvimento. Documento básico” a necessidade premente de se destravar o turismo no estado, por ser essa uma questão em potencial.
Celso exemplificou o Polo Turístico do Cabo Branco, que se encontra inerte apesar dos inúmeros investimentos realizados por parte do governo do estado, a exemplo do Centro de Convenções – o melhor equipado da Região Nordeste – e das rodovias que colocam a Paraíba na 3ª posição, também em nível regional, em termos de qualidade.
O documento nasceu de uma motivação do Corecon-PB diante das eleições majoritárias deste ano, que levou a instituição a realizar um amplo trabalho de identificação dos problemas socioeconômicos do estado e apresentar soluções que estimulem ainda mais o seu desenvolvimento.
Ranking regional
Ele lembrou que a Paraíba já foi a 4ª economia do Nordeste e hoje ocupa a 6ª colocação. “Fomos ultrapassados pelos estados do Maranhão e do Rio Grande do Norte, claro que sem demérito para nenhum deles, mas precisamos avançar e voltar à posição que ocupamos no passado”, conclamou.
O projeto foi elaborado pelos conselheiros do Corecon-PB, sob a coordenação do professor Rômulo Polari, ex-Reitor da UFPB. O projeto teve ainda a contribuição de economistas, especialistas, empresários e a participação de órgãos como Sindicato da Indústria da Construção Civil de João Pessoa, Tribunal de Contas do Estado da Paraíba, Secretária de Turismo da Capital e a imprensa.
Porto, aeroporto e ferrovias
Questionado sobre outros setores que necessitam de melhorias, Celso Mangueira citou a necessidade de um Porto equivalente para o estado e falou também da necessidade de um aeroporto que possibilite provocar o desenvolvimento e de ferrovias mais efetivas que, segundo ele, ainda são bastante críticas, a exemplo da Nova Transnordestina que foi criada para ligar o Porto de Pecém, no Ceará, ao Porto de Suape, em Pernambuco, e que não passa na Paraíba.
“Somos o Estado com o maior território dentro do Polígono da Seca, mas contamos com a transposição do Rio São Francisco que chega de forma gradativa. Na otimização da utilização desse recurso, por exemplo, podemos viabilizar o nosso agronegócio fazendo com que ele deixe de ser incipiente. Como podemos ver, são setores que precisam de atenção para fortalecer ainda mais a economia do nosso Estado”, prelecionou.
O referido documento foi encaminhado a diversas autoridades do estado, inclusive o governador eleito João Azevedo. O Corecon-PB viu ainda como oportuna a criação de um Fórum permanente para que a discussão tenha continuidade e na medida que forem sendo produzidos informes técnicos, sejam disponibilizados à sociedade.
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