O empresário Léo Pinheiro , da OAS, afirmou que combinou as obras no sítio de Atibaia diretamente com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e que o petista chegou a sugerir que fosse usada a mesma equipe que trabalhou na reforma do tríplex do Guarujá, informa reportagem de O Globo.
Em depoimento nesta sexta-feira à juíza Gabriela Hardt, substituta de Sergio Moro, em audiência da ação sobre as obras do sítio, Pinheiro disse que a ideia não vingou devido à grande distância entre as duas cidades – Atibaia e Guarujá – e ao fato de a empreiteira ter usado uma empresa terceirizada para as obras do tríplex. No sítio, segundo ele, as obras eram bem menores e foram feitas por funcionários da empresa.
Conforme Pinheiro, “O presidente até tinha me sugerido pegar o mesmo pessoal que estava fazendo o tríplex. Eu na época expliquei a ele que era muito distante, e que era uma empresa subcontratada nossa, a Talento, que fez o triplex do Guarujá. Esse serviço (o do sítio), como era muito menor, seria feito por pessoas nossas mesmo que ficariam morando no sítio”, disse.
presidente Lula, que foi com ele ao sítio de Atibaia para explicar os serviços a serem feitos na sala, na cozinha e no lago da propriedade, pediu que a OAS e seus funcionários não fossem identificados. “O presidente orientou que não fizesse nada em nome da OAS”, afirmou.
Léo Pinheiro disse que combinou com João Vaccari, ex-tesoureiro do PT, que já cumpre pena na Lava-Jato, que os valores gastos da OAS com as obras no sítio, no tríplex e com os empreendimentos da insolvente Bancoop, a cooperativa dos bancários responsável pelo prédio do tríplex, deveriam ser descontados da propina paga ao partido com origem nas obras da Petrobras.
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