Os Jogos Escolares são a principal competição estudantil do país e são organizados pelo Comitê Olímpico do Brasil desde 2005. Neste ano, para garantir o futuro do esporte brasileiro, o COB e as Confederações Brasileiras Olímpicas enviaram treinadores ou coordenadores das categorias de base, e até mesmo de seleções adultas, para acompanhar o desempenho dos atletas em Natal. Ao todo, são 12 observadores que irão montar uma base de monitoramento dos mais de cinco mil atletas que disputam 14 modalidades até o próximo dia 25.
– Convidamos formalmente técnicos das seleções de base, membros de comissões técnicas e outros profissionais para observar a competição. Parte da equipe brasileira que vai disputar os Jogos Pan-americanos de 2023 e Olímpicos de 2024 está aqui em Natal. Temos que pensar sempre à frente – disse Kenji Saito, gerente executivo de Desenvolvimento Esportivo do COB.
Entre os observadores estão alguns dos principais treinadores olímpicos do Brasil, como Washington Nunes (treinador da seleção masculina adulta de handebol), Camila Ferenzin (coordenadora de seleções da Confederação Brasileira de Ginástica), Ricardo Prado (medalhista olímpico de natação e coordenador geral da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos) e Angel Torres (treinador chefe da Confederação Brasileira de Wrestling), entre outros.
A coordenadora de seleções da Confederação Brasileira de Ginástica acompanhou todos os eventos de ginástica rítmica em Natal e já convocou uma atleta para um período de testes com a equipe verde e amarela. Medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos Winnipeg 1999, Camila é técnica desde o Pan de Guadalajara, em 2011, e trabalha na busca por talentos do esporte pelo país.
– Os Jogos Escolares sempre são uma competição muito forte, com a nata do esporte. Entre tantas meninas talentosas destacamos uma, a Barbara Galvão, de Alagoas, que disputou a segunda divisão aqui em Natal. Ela já está de malas prontas para fazer um teste a partir da próxima segunda-feira em Aracaju onde a seleção brasileira de conjunto se concentra. Ela será avaliada e quem sabe não entra na equipe no ano que vem – detalhou Camila Ferenzin.
Medalhista de prata nos Jogos Olímpicos de Los Angeles, em 1984, Ricardo Prado hoje é o coordenador geral da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos. Considerado um dos melhores nadadores brasileiros da década de 80, ele vê com bons olhos essa proximidade com o esporte escolar.
– É sempre bom estar junto aos jovens atletas. Esse é um dos principais palcos onde eles podem aparecer. Estou bem entusiasmado com essa nova geração do esporte. Acho bem interessante movimentar a parte escolar e perceber que os melhores atletas dos clubes estão presentes na competição – afirmou.
Todos os anos, os Jogos Escolares revelam talentos para o esporte brasileiro. Dos 465 atletas do Time Brasil nos Jogos Olímpicos Rio 2016, 52 haviam participado dos Jogos Escolares, como Mayra Bueno, Sarah Menezes e Hugo Calderano. Nos Jogos Olímpicos da Juventude Buenos Aires 2018, a equipe brasileira contou com 79 atletas e 33 já haviam participado dos Jogos Escolares.
G1
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