O ex-juiz Sergio Moro foi nomeado nesta terça-feira coordenador do grupo técnico de Justiça, Segurança e Combate à Corrupção no gabinete de transição do governo. A nomeação foi publicada em uma portaria no Diário Oficial da União nesta manhã e é assinada pelo ministro da Transição Onyx Lorenzoni, junto com outra portaria que autoriza Moro a “requisitar informações dos órgãos e entidades da Administração Pública Federal, assim como requisitar apoio técnico administrativo necessário” para a transição.
A nomeação do ex-juiz, que pediu exoneração do cargo e deixou a Operação Lava Jato em Curitiba, conduzida por ele desde 2014, já era esperada uma vez que Moro aceitou o convite de Jair Bolsonaro para assumir o Ministério da Justiça ano que vem. Também nesta terça foi publicada no DO a mudança da função de Arthur Bragança Vasconcelos que atuava até então como coordenador do grupo técnico de Saúde Previdência e Desenvolvimento Social. A partir de agora, Vasconcelos assume a função de coordenador do grupo técnico de Cidadania na transição.
O futuro ministro da Justiça deve anunciar até o início de dezembro o nome do novo diretor da Polícia Federal, uma das áreas mais sensíveis da administração federal. Ele sinalizou que faria troca no comando da polícia numa recente conversa, embora tente manter a questão guardada a sete chaves. No diálogo, perguntado quando anunciaria a mudança na direção-geral, Moro respondeu que provavelmente isto aconteceria este mês. Esta teria sido a primeira vez que o futuro ministro indicaria a decisão de renovar a direção da polícia.
Vários nomes vêm sendo cotados, desde a vitória do presidente eleito Jair Bolsonaro, a comandar a polícia a partir de janeiro. O nome do atual diretor, Rogério Galloro, figurou na lista. Mas, nos últimos dias, cresceram os rumores de que o preferido de Moro seria o atual superintendente da PF no Paraná, Maurício Valeixo.
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