O educador Mozart Neves Ramos será o ministro da Educação do governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL), informa o Estadão que revela: “fontes ouvidas afirmam que a oficialização deve sair no máximo até quinta-feita, 22, quando ele tem conversa marcada com o presidente eleito”.
A escolha de Mozart acontece após a aproximação de Viviane Senna, presidente do Instituto Ayrton Senna, ao grupo de Bolsonaro. O futuro ministro é um dos nomes mais conhecidos da educação atualmente no País. É diretor do Instituto Ayrton Senna, foi o primeiro presidente-executivo do Todos pela Educação e secretário de Educação de Pernambuco.
Formado em química e ex-reitor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Ramos esteve ao lado de Viviane em todas as reuniões feitas com o presidente eleito e sua equipe, durante e depois das eleições.
O Instituto Ayrton Senna divulgou agora pouco nota desmentindo que ele tenha sido convidado: “Diferentemente do que vem sendo publicado na imprensa, Mozart Neves Ramos, diretor do Instituto Ayrton Senna, não foi convidado pelo novo governo para assumir o Ministério da Educação.” A nota diz ainda que Ramos participará nesta quinta de uma “reunião técnica” com Bolsonaro.
Fontes ouvidas pelo Estado garantem que o convite já foi feito e seria formalmente aceito amanhã, justamente nessa reunião.
Ramos não é vinculado a nenhum partido e, por isso, transita bem pela esquerda e pela direita. Tem boas relações inclusive com Fernando Haddad (PT), candidato derrotado por Bolsonaro nas eleições. Eles se aproximaram durante o período em que Ramos ocupou a secretaria de Estado, entre 2003 e 2006, no governo de Jarbas Vasconcelos (MDB). Haddad era o ministro da Educação.
No Todos pela Educação, notabilizou-se por estudos que mostravam a falta de professores no País, principalmente para áreas de ciências. Entre suas defesas estão também o ensino integral e as competências socioemocionais, como empatia e trabalho em equipe, bandeira atual do Instituto Ayrton Senna.
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