A Williams enfim acabou com o grande mistério que cercava o paddock da Fórmula 1 nos últimos meses. Nesta quinta-feira, o time britânico anunciou que Robert Kubica será piloto titular na próxima temporada – o GloboEsporte já havia antecipado o anúncio na última segunda-feira.
Desde o início de 2018 como piloto reserva da escuderia de Grove, agora o polonês assumirá o cockpit da Williams ao lado do novato George Russell, atual líder disparado do campeonato da Fórmula 2. Dos atuais titulares, Lance Stroll ainda não anunciou, mas vai para a Force India, comprada pelo pai, o empresário Lawrence Stroll, enquanto Sirotkin está sem vaga de titular e não tem o futuro definido no automobilismo.
Kubica sorri durante coletiva em Abu Dhabi — Foto: Getty Images
– Em primeiro lugar, gostaria de agradecer a todos que me ajudaram durante o período difícil da minha vida nestes últimos anos. Foi uma jornada desafiadora para voltar ao grid da Fórmula 1, mas o que parecia quase impossível agora está começando a parecer possível, já que estou animado por poder dizer que estarei no grid da Fórmula 1 em 2019 – disse Kubica.
Longa recuperação desde acidente
A última corrida de Kubica na Fórmula 1 foi o GP de Abu Dhabi de 2010, quando terminou na quinta colocação. Em fevereiro do ano seguinte, o então piloto da Renault sofreu um grave acidente no rali, quando quase teve o braço direito amputado. Apesar das limitações oriundas da lesão, o polonês voltou a guiar um monoposto em abril de 2017, quando acelerou um GP3 no circuito de Franciacorta, na Itália.
Kubica disputou sua última corrida de F1 em Abu Dhabi, em 2010 — Foto: Getty Images
Seguiram-se dois testes com a Lotus de 2012, em Valência e Paul Ricard, oferecidos pela própria Renault. Em agosto do mesmo ano, o polonês foi convidado pelo time francês para guiar o RS17 da equipe nos testes coletivos em Hungaroring, na Hungria. Apesar de um desempenho muito semelhante ao do titular Nico Hulkenberg, o polonês acabou preterido por Carlos Sainz Jr, que assinou com a Renault para substituir Jolyon Palmer a partir do GP dos EUA.
Após os testes, Kubica confirmou que, mesmo com a lesão no braço direito, estava apto a guiar uma Fórmula 1 em alto nível. Nos testes ao longo do segundo semestre, ele usou um volante adaptado, que permitia ao piloto que trocasse as marchas sempre do lado esquerdo. Assessorado por Nico Rosberg, o vencedor do GP do Canadá de 2008ainda teve mais uma oportunidade de confirmar o retorno para a Fórmula 1, através de sessões com a Williams em Abu Dhabi. Entretanto, ele perdeu a vaga de títular para Sergey Sirotkin e seu forte aporte financeiro.
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