Em artigo veiculado no blog do jornalista Rubens Nóbrega, o advogado Raoni Vita, vice-presidente da OAB-PB, revela que a advogada Edith Christina Medeiros Freire pediu retratação no processo em que responde por injúria e difamação e admite que não houve armação no nebuloso episódio de suposto assédio sexual e moral do secretário-geral Assis Almeida contra Lanusa do Monte, que foi demitida da entidade depois de 19 anos de serviços prestados.
O desfecho do processo número 0800089-77.2018.8.15.2002, que tramitava no Juizado Especial Criminal, colocou um fim na disseminação da informação de que houve armação política. A autora da acusação, Edith Christina Medeiros Freire, solicitou que fosse feito um acordo e se retratou diante das afirmações e ainda vai pagar um valor que será depositado em conta judicial e revertido para caridade.
Em agosto de 2017, Edith registrou em cartório uma Escritura Pública de Declaração afirmando que a denúncia de assédio sexual envolvendo a funcionária da Ordem, Lanusa do Monte, e o Secretário-geral, Assis Almeida, não passou de uma conspiração e de uma armação da servidora com o envolvimento do vice-presidente Raoni Vita e da tesoureira Tainá de Freitas. Eles, por sua vez, deram entrada em duas queixas crime contra Edith, com igual teor.
Nesta segunda-feira (26), houve o desfecho no processo onde a advogada é acusada de injúria e difamação. Segundo Raoni, o pedido de acordo de Edith e a sua retratação comprovam que não houve armação e finalmente restabelece a verdade dos fatos. Ele afirmou que a sua intensão e de Tainá foi evitar que Lanusa fosse vítima de perseguição, ainda mais dentro da Casa dos Direitos Humanos.
Entenda o caso – Lanusa era secretária da OAB há 19 anos e denunciou ter sido vítima de assédio sexual contra o Secretário-geral, Assis Almeida. Mesmo tendo a palavra do presidente da Ordem, Paulo Maia, de que seria protegida, a secretária foi demitida e não teve direito a defesa, passando de vítima a culpada. Hoje, três processos tramitam na Justiça contra o Secretário-geral.
Vale lembrar que no início do caso, Edith se colocou à disposição de Lanusa e se apresentou como a sua advogada.
A ex-secretária tem laudos do INSS que comprovam o grave abalo emocional pelo qual passou, recomendando que volte a trabalhar em qualquer lugar, menos na OAB. Casada e mãe de um filho, Lanusa passou a vender quentinhas para sobreviver e agora conseguiu um novo emprego. Até hoje, ela toma medicação em decorrência de todo o problema vivenciado.
Alma Lavada – Em artigo publicado no blog de Rubens Nóbrega, Raoni diz que “atravessei quase dois anos sofrendo injustas agressões por conta de uma boa ação praticada”, e que “nunca me arrependi da forma proba com a qual conduzi uma denúncia de assédio sexual que uma funcionária da OAB/PB me relatou, quando simplesmente transmiti internamente o choro e o apelo de uma mãe de família que havia me procurado como tábua de salvação”.
Ele revela na publicação que “ingressei com uma queixa-crime para restaurar minha honra, minha ética e minha trajetória de vida, que sempre foi de muito suor e luta, e que agora finalmente voltam a ficar em brancas nuvens após a RETRATAÇÃO JUDICIAL exercida pela pessoa que me acusava, e aproveitamos inclusive para fazer um gesto módico a uma instituição de caridade”, disse.
Discussion about this post