O governador Ricardo Coutinho (PSB) não consegue esconder as contradições de quem acende uma vela para Deus e outra para o diabo. O líder que promove um grande evento para celebrar os 70 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, ocasião em que homenageou diversas personalidades com a Medalha da Liberdade, criada por seu governo, é o mesmo que silencia diante de fatos estarrecedores envolvendo um correligionário do mesmo partido e que, de forma vil e covarde, agrediu com socos e pontapés a advogada Myrian Gadelha.
O contrassenso de Ricardo Coutinho nesses dois episódios reflete um pouco daquilo que na política comumente atende pela palavra conveniência ou, para utilizar um termo mais contemporâneo, seletividade. Raul Seixas, artista singular de nossa música, certamente teria a canção certa para simbolizar essa, digamos, duplicidade de comportamento.
Discussion about this post