O empresário Daniel Gomes da Silva, indicado como chefe do esquema que desviou, pelo menos, R$ 15 milhões de recursos públicos da Saúde do Estado do Rio de Janeiro, Paraíba e outros estados morava em Portugal e comandava tudo a distância por meio de comunicação criptografada, registra O Globo. Ele foi preso nesta sexta-feira, durante a Operação Calvário, junto com outras dez pessoas.
A ação foi realizada pelo Ministério Público de diversos estados. Até as 13h, foram apreendidos R$ 2 milhões distribuídos em 32 envelopes, com R$ 50 mil em cada. O restante do dinheiro, em euros, estava em uma mala, na casa do pai do empresário. Entre os 11 integrantes presos, três comandavam o esquema. O principal era Daniel, maior beneficiário dos recursos desviados e que, segundo o Ministério Público do Rio de Janeiro comandava a Organização Social (OS) Cruz Vermelha, no Rio Grande do Sul.
O número dois no esquema era Antônio Vicente Carvalho, responsável por arrecadar o dinheiro. Ele tinha como função fazer com que a parte do dinheiro que não era destinada aos serviços de Saúde fosse sacada e retornasse para o esquema. Ele também recolhia valores com fornecedores para entregar para uma mulher identificada como Michele, responsável por fazer os valores arrecadados chegassem aos envolvidos no esquema.
Os demais presos são fornecedores e recebiam para abastecer as unidades de saúde. Além dos 11 mandados de prisão já cumpridos, foram expedidos 44 de busca e apreensão. Todos estão sendo realizados na capital, em Duque de Caxias, Itaboraí, Nova Friburgo, além da Paraíba e de Goiás. Os presos foram levados para a Cidade da Polícia, na Zona Norte.
Entre os contratos superfaturados estão acordos com empresas de alimentação, limpeza, engenharia clínica, portaria e laboratórios de análise clínica. A Cruz Vermelha pagava valores superfaturados aos fornecedores, que depois devolviam parte do dinheiro. Foram identificadas oito empresas que tinham contratos superfaturados.
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