O Fluminense completa nesta quarta-feira 20 dias sem técnico desde a demissão de Marcelo Oliveira. Único time da Série A do Campeonato Brasileiro nesta situação, o Tricolor segue na expectativa de fechar com Fernando Diniz. A instabilidade política no clube e um compromisso com o Athletico, porém, acabaram estendendo a tomada de decisão por parte do treinador. Há, porém, otimismo na direção em uma resposta positiva nos próximos dias.
O “compromisso pessoal” mencionado por Diniz ao Fluminense é um projeto nas categorias de base do Furacão – informação trazida primeiramente pelo Uol e confirmada pelo GloboEsporte.com. Ele havia se comprometido com Mario Celso Petraglia, atual presidente do Conselho Deliberativo do Athletico e figura de muita força no clube, a liderar um projeto de médio prazo para desenvolver jovens atletas da equipe visando a formação de um time principal para daqui a dois, três anos.
Diniz tem uma conversa marcada com Petraglia para breve que pode encaminhar sua decisão – conversa que não aconteceu antes em razão da presença do dirigente no sorteio da Libertadores, no Paraguai. Os dois têm ótima relação. Petraglia, inclusive, não apoiou a demissão do treinador no meio do ano.
Em 2016, Diniz recusou convites por compromisso com dono do Audax — Foto: Reprodução
O dilema de Diniz
Diniz pesa os prós e contras para tomar a decisão. No Fluminense, uma nova oportunidade em um clube grande, o treinador terá a chance de alavancar de vez a carreira, enquanto o projeto com o Athletico o distanciaria do mercado por um tempo. No entanto, quebrar um compromisso é algo que não o deixa muito à vontade.
Em 2016, por exemplo, após levar o pequeno Audax ao surpreendente vice-campeonato Paulista, o treinador ganhou status de revelação e foi procurado por mais de uma dezena de clubes, inclusive Corinthians e Flamengo. Recusou os convites por ter se comprometido com Mário Teixeira, dono do Audax, no projeto de parceria que tinha como o objetivo levar o Oeste à Série A. Por outro lado, no ano passado deixou o Guarani após apenas 13 dias de trabalho para aceitar ser coordenador técnico geral e treinador do Athletico.
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