Caso Daniel completa 2 meses ainda sem veredicto; veja como estão as investigações

Foto: Rubens Chiri / saopaulofc.net

Dois meses se passaram desde que Daniel, ex-jogador de São Paulo e Botafogo, foi encontrado morto na cidade de São José dos Pinhais, no Paraná. Mas o caso ainda não foi resolvido.

Sete pessoas foram denunciadas por envolvimento no assassinato de Daniel e se tornaram rés: Edison Brittes, Cristiana Brittes, Allana Brites, Ygor King, David Vollero, Eduardo da Silva e Evellyn Perusso.

De todos eles, apenas dois estão em liberdade – Eduardo Purkote e Evellyn Brisola, que aguardam pela decisão judicial.

Cristiana e Alana estão na Penitenciária Feminina do Paraná, em Piraquara, na Grande de Curitiba. A primeira delas teve um pedido de prisão domiciliar negado pela Justiça já em dezembro – decisão da juíza Luciani Regina Martins de Paula, da 1ª Vara Criminal de São José dos Pinhais.

O pedido foi feito pelo advogado Cláudio Dalledone, que defende o casal Cristiana e Edison. Ele argumenta que ela precisa “exercer os cuidados maternos” de uma filha de 11 anos. Já a juíza, através de despacho, afirmou que a prisão preventiva é por tempo indeterminado e está fundamentada na garantia de ordem pública.

Os denunciados

Edison Brittes — homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, fraude processual, corrupção de menor e coação no curso do processo;

Cristiana Brittes — homicídio qualificado por motivo torpe, coação do curso de processo, fraude processual e corrupção de menor;

Allana Brittes — coação no curso do processo, fraude processual e corrupção de menor;

Eduardo da Silva — homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, fraude processual e corrupção de menor;

Ygor King — homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, fraude processual e corrupção de menor;

David Willian Vollero da Silva — homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, fraude processual, corrupção de menor e denunciação caluniosa;

Evellyn Brisola Perusso — denunciação caluniosa, fraude processual, corrupção de menor e falso testemunho.

O caso

Mineiro de Juiz de Fora, Daniel foi morto aos 24 anos, após a comemoração do aniversário de Allana, filha do casal Brittes, dia 17 de outubro.

Testemunhas ouvidas pela polícia disseram não ter ouvido gritos de Cristiana no quarto pela suposta tentativa de estupro de Daniel. Além disso, disseram que não viram arrombamento da porta e que escutaram o jogador pedindo por ajuda e dizendo que não queria morrer.

Edison Brittes mudou a versão sobre o crime em depoimento de mais de seis horas para Polícia Civil de São José dos Pinhais, na região de Curitiba, no começo de novembro. Questionado sobre a forma como o jogador foi morto, ele preferiu ficar em silêncio, mas assumiu a autoria do homicídio.

O suspeito disse que ficou transtornado ao ver uma suposta tentativa de estupro contra sua esposa, Cristiana Brittes e desejava humilhar o atleta.

Daniel foi espancado por Edison e outros homens ainda na casa.

O acusado disse no depoimento que teve a ideia de colocar Daniel no porta-malas do carro (um Veloster preto) e depois deixá-lo nu no meio da rua para fazê-lo passar vergonha – David Willian, Ygor King e Eduardo da Silva acompanharam no veículo. Após relatar essa parte, o empresário ficou em silêncio, não dando mais detalhes da forma como o jogador teria sido assassinado.

O delegado da Polícia Civil de São José dos Pinhais, Amadeu Trevisan, declarou que não houve tentativa de estupro por parte de Daniel Corrêa contra Cristiana. Ele teria sido morto após ser flagrado na cama tirando fotos da esposa do acusado.

Na apuração preliminar do Instituto Médico-Legal (IML), divulgada pela Polícia Civil, Daniel foi espancado na casa da família Brittes e, depois, levado para um matagal, onde o corpo foi encontrado. A morte foi causada por ferimento por arma branca. O corpo do jogador foi velado e sepultado em Conselheiro Lafaiate, em Minas Gerais, cidade da família do atleta.

ESPN

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