O economista e filósofo Eduardo Giannetti avalia que o governo de Jair Bolsonaro terá apenas seis meses para apresentar uma proposta crível de ajuste fiscal que seja capaz de sinalizar o controle das contas públicas. E ponto primordial desta agenda, avalia, é a reforma da Previdência.
“O Brasil tem seis meses aproximadamente para apresentar uma proposta abrangente, coerente e crível de ajuste fiscal, cujo capítulo primordial é a reforma da Previdência”, afirmou em entrevista concedida ao G1 para a série “O que esperar da economia em 2019”.
Assessor econômico da ex-presidenciável Marina Silva nas últimas três disputas eleitorais, Giannetti acredita que a equipe formada por Paulo Guedes tem um diagnóstico correto dos problemas da economia, mas enxerga uma série de incertezas sobre o futuro do governo: como será qualidade da reforma da Previdência, qual será a relação entre o Executivo e o Legislativo no futuro governo e o entendimento sobre os rumos do país entre os próprios integrantes da administração Bolsonaro.
“Temos dentro do governo um vetor militar, com sete ministros, com posturas nacionalistas, intervencionistas na maior parte dos casos e com uma visão muito mais geopolítica do que de racionalidade econômica na condução das suas propostas. Não está claro como é que vai se dar a relação deste vetor militar e o vetor econômico, neoliberal de Chicago, liderado pelo Paulo Guedes. Conflitos vão aparecer.”
G1
Discussion about this post