São Paulo é a única cidade fora do Japão que abriga um ginásio exclusivamente para o sumô. O ginásio Mie Nishi fica no Bom Retiro, na região central, junto à Marginal Tietê, dentro do Centro de Esportes Radicais.
A cidade de São Paulo completa 465 anos nesta sexta-feira (25). Ao longo da semana, o G1 publica uma série de reportagens que mostram a diversidade e curiosidades da capital paulista.
Na arena de competição do sumô, o dohyō, praticantes assíduos se juntam a amadores e pessoas curiosas em conhecer os primeiros golpes desta luta japonesa milenar.
No sumô, o objetivo é empurrar o oponente para fora do dohyō ou forçar o adversário a tocar o chão com qualquer parte do seu corpo que não seja os pés. Por isso, é comum que as lutas durem apenas alguns segundos.
Socos, puxões de cabelos, mordidas ou chutes são proibidos. Os treinos exigem muita força das pernas e equílibrio.
Há o sumô amador, que é praticado em todo o mundo, e o profissional, que existe somente no Japão. O sumô praticado fora do território japonês tem categorias e mulheres podem lutar. Já no profissional, os lutadores são treinados apenas por ex-atletas e autorizados por uma associação, os oyakatas.
Dicionário do sumô
Mesmo praticado no Brasil, o esporte utiliza expressões japonesas. Veja algumas delas abaixo:
- Sumotori: lutador de sumô;
- Dohyō: “ringue” circular onde são feitas as lutas;
- Mawashi: “uniforme” dos sumotoris. Faixa que pode chegar a 9 metros e é enrolada no corpo do lutador;
- Gyoji: árbitro da luta;
- Sensei: mestre;
Treinos
O G1 acompanhou o primeiro treino de 2019, no sábado (19). Com turma reduzida, pelo período de férias, 16 pessoas participaram das duas horas de treinamento, liderado pelo mestre Hiroyuki Iida, recém-chegado do Japão. Os treinos já reuniram cerca de 100 pessoas em um fim de semana.
Sob os olhos de muitos curiosos que entram e saem do ginásio, os praticantes seguem algumas etapas antes de começar, efetivamente, a lutar. Os treinos costumam durar duas horas, podendo ser mais longos antes de campeonatos e seletivas.
Antes mesmo do início das atividades, disciplina e solidariedade chamam a atenção. Uma pessoa, fica responsável por limpar o local do treino – neste caso, o mestre. Os demais se ajudam a vestir o mawashi, o uniforme dos sumotoris, aquela faixa de algodão, resistente e com muitos metros.
Globo
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