Uma rede de postos de gasolina em João Pessoa, de propriedade do ex-presidente do Botafogo-PB, Nelson Lira, emitiu aproximadamente 80% das notas fiscais da partida, com valores exatos de R$ 50,00 cada; Uma panificadora no Geisel também apresenta movimentação suspeita, registra o RádioBlog.
Esta semana, o Jornal Folha de São Paulo denunciou fraudes no programa Gol de Placa, do Governo do Estado da Paraíba, revelando a existência de documentos que comprovariam o crime cometido por dirigentes de clubes paraibanos.
Conforme documentos oficiais do Governo do Estado, relativos a partida entre Botafogo e Treze, ocorrido no dia 22 de fevereiro de 2015, que escancaram a fraude do programa Gol de Placa como denunciado pela imprensa nacional e revelam que o crime vinha sendo praticado pelo há pelo menos 3 anos.
Clique AQUI e confira a denúncia da Folha de São Paulo
Segundo os documentos obtidos com exclusividade pelo RádioBlog, uma rede de postos de gasolina, em João Pessoa, de propriedade do ex-presidente do Botafogo da Paraíba, Nelson Lira, emitiu aproximadamente 80% das notas fiscais da partida trocadas através do programa Gol de Placa, com valores exatos de R$ 50,00 cada. Uma panificadora no bairro do Geisel, também é “destaque” nos documentos pelas “notas fiscais suspeitas”, também em valores redondos de R$ 50,00.
Chama a atenção que o “monopólio” da rede de postos de combustíveis e da panificadora, não tenham despertado a atenção dos responsáveis pelo programa para a possível irregularidade. À época da partida em questão, a responsabilidade pela fiscalização e bom funcionamento do programa cabia ao então secretário de esportes do Estado da Paraíba na gestão do ex-governador Ricardo Coutinho (PSB), atualmente vereador, Tibério Limeira (PSB).
O crime
O número de torcedores é inflado para aumentar o montante que o clube recebe de empresas que ganham desconto no recolhimento de ICMS para pagar os ingressos adquiridos com notas fiscais. De acordo com a lei, até 5% da fatura da empresa com o ICMS é deduzido.
Quanto aos torcedores que aparecem com seus nomes e CPF´s nas “notas fiscais suspeita”, maioria teve seus dados cadastrais obtidos por estarem disponíveis na internet.
O futebol da Paraíba atravessa uma das maiores crises da sua história. Dirigentes da federação e dos clubes foram afastados do futebol em abril do ano passado acusados de integrar um esquema de manipulação de resultados.
Confira os documentos:
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