A extensa e até bem redigida nota do Governo Estadual em resposta à reportagem do Fantástico, um dos programas de maior audiência da Rede Globo, sobre o escândalo bilionário da Cruz Vermelha, filial do Rio Grande do Sul, que teria mobilizado mais de R$ 1,7 bilhão em recursos, esqueceu de atacar aquele que não deveria ser apenas um mero detalhe no conteúdo veiculado para todo o país na noite de ontem: a propina recebida por um assessor e considerado braço direito da Secretária Livânia Farias (Administração) em hotel de luxo no Rio de Janeiro.
Na reportagem, as imagens revelam como funcionava o esquema de propina com dinheiro desviado pela quadrilha infiltrada na Cruz Vermelha gaúcha. Numa sequência, é possível ver como a Secretária da Cruz Vermelha, Michele Cardoso, chega com uma caixa (aparentemente de vinho, mas com dinheiro dentro, segundo MP) e deixa no restaurante do Hotel Hilton Copacabana, na capital fluminense.
O fato é estarrecedor e levanta uma série de indagações, que certamente serão feitas pela própria investigação, já que Leandro Azevedo, exonerado recentemente, após ganhar corpo o escândalo com a primeira fase da operação Calvário, em dezembro do ano passado, e cuja atuação em governos do PSB já dista, SIC, desde quando Ricardo Coutinho foi prefeito de João Pessoa. No governo, Leandro tinga cargo de confiança desde 2011, primeiro ano da gestão Coutinho à frente da Paraíba, tendo permanecido na administração de João Azevedo.
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