O deputado estadual, Eduardo Carneiro (PRTB), cobrou ao governador João Azevêdo (PSB) o afastamento dos secretários Waldson Souza e Livânia Farias, suspeitos por envolvimento em um esquema responsável por desviar mais cifras milionárias dos cofres públicos. O escândalo veio à tona após o Ministério Público anunciar no final do ano passado a deflagração da primeira fase da Operação Calvário.
Na última sexta-feira (1º), policiais cumpriram mandado de busca e apreensão nas residências dos secretários, além da prisão de um ex-servidor do governo que atuava na secretaria de Administração. De acordo com Eduardo Carneiro, as denúncias precisam ser esclarecidas e o governador deve ter com os dois secretários citados na denúncia o mesmo rigor adotado em relação ao servidor exonerado recentemente.
O parlamentar anunciou que vai solicitar uma audiência com os promotores que atuam no Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) para entender como funcionava todo o esquema que atuava no Rio de Janeiro e na Paraíba. “Pretendemos programar visita técnica com o curador do patrimônio público a todos os hospitais citados na denúncia do Ministério Público para saber como estão os atendimentos e se a população está assistida como deve ser”, declarou.
Ele lamentou o fato de mais uma vez a Paraíba ser palco de um escândalo dessa magnitude e cobrou a punição civil e criminal para todos os envolvidos no esquema. “Não podemos deixar que esse escândalo fique impune, por isso para que os fatos sejam melhor esclarecidos o governador deve afastar os secretários denunciados e eles possam fazer suas defesas com a devida isenção, fora dos respectivos cargos”, afirmou.
Combate à corrupção
Eduardo Carneiro reafirmou sua postura de combate à corrupção através de seu mandato na Assembleia Legislativa da Paraíba, assim como acontecia na época em que era vereador de João Pessoa. “Já na Câmara da Capital, tivemos uma postura firme voltada para o combate à corrupção, inclusive com algumas leis sancionadas, pois entendemos ser esse um dos grandes males que atingem nossa nação”, observou.
Em 2017, o Ministério Público da Paraíba recomendou ao Governo do Estado e às 223 prefeituras paraibanas que procedessem a gravação dos processos licitatórios, como forma de inibir práticas criminosas envolvendo dinheiro público. A iniciativa do Ministério Público paraibano se baseou numa lei de autoria de Eduardo Carneiro na Câmara pessoense.
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