A Defesa Civil de Minas Gerais atualizou em coletiva, no início da tarde desta quarta-feira (6), o número de vítimas do rompimento da barragem Mina do Córrego do Feijão, em Brumadinho. Até o momento, 150 corpos já foram resgatados pelas equipes de buscas.
A Polícia Civil já identificou 134 mortos e 182 pessoas seguem desaparecidas. As informações foram dadas pelo tenente coronel Flávio Godinho, coordenador da Defesa Civil Estadual de Minas Gerais.
Rodovia Alberto Flores segue interditada
Ainda de acordo Godinho, a rodovia Alberto Flores segue interditada e a previsão da liberação é de três semanas. A vale vai custear uma estrutura definitiva no local, para a circulação nos dois sentidos.
A empresa também vai arcar com o transporte escolar das crianças de Casa Branca para Brumadinho. O serviço vai começar nesta quinta-feira (7) e vai acontecer de duas em duas horas, de 8h às 20h. Uma van sairá de Casa Branca e a outra da sede de Brumadinho.
Segurança
De acordo com o major Flávio Santiago, porta-voz da Polícia Militar de Minas Gerais, desde o rompimento da barragem, seis pessoas já foram presas: duas por operação ilegal de drones na área da tragédia, duas por tentativa de invasão e duas aplicando golpes para ganhar benefícios. Nenhum saque foi registrado na zona rural e urbana de Brumadinho.
Identificação dos corpos
De acordo com o delegado Arlem Bahia, da Polícia Civil de Minas Gerais, dos 134 corpos identificados, 124 já foram liberados e entregues às famílias. A PC já realizou a coleta de de 522 amostras para realização de DNA. Nesta quinta-feira (6), uma equipe da PC estará disponível na Estação Conhecimento, em Brumadinho, para recolhimento de DNA de parentes de desaparecidos. Os familiares que não fizeram cadastro devem comparecer para ajudar na identificação.
Buscas
Sobre o trabalho de buscas, o tenente Pedro Aihara, porta-voz do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, afirmou que mais de 400 homens continuam trabalhando e não há previsão para término. Os últimos corpos foram encontrados na área do vestiário e do estacionamento da mina. Os bombeiros estão usando mais máquinas pesadas e fazendo escavações profundas nessa área.
Aihara alertou para que as pessoas não acreditem nos boatos que as buscas podem acabar a qualquer momento. Ele tornou a falar que a chuva modifica os trabalhos, mas a previsão do tempo também está sendo monitorada. A chuva dificulta o trabalho aéreo, a visibilidade e a estabilização das estruturas. Ele finalizou dizendo que amanhã haverá uma reunião com o comandante geral da corporação para avaliares as técnicas de busca. No momento, não há previsão da redução de efetivo.
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