Não é só são os processos em que figura com réu, inclusive com condenação em primeira instância, como ado rumoroso caso do tríplex, no Guarujá, que aguarda pronunciamento final do TRF-4, no Rio Grande do Sul, o que deve acontecer até março do ano que vem, que podem pôr por terra às pretensões do ex-presidente Lula de concorrer à Presidência da República. A edição desta semana da revista Veja revela que a proposta de delação entregue ao Ministério Público Federal (MPF) pelo ex-ministro Antônio Palocci inclui, dentre outras outras, a doação de 1 milhão de dólares (equivalente a 4 milhões de reais na época) que teriam sido destinados por Muamar Kadafi, líder líbio morto em 2011, à campanha do petista nas eleições de 2002.
E qual seria o problema dessa doação? É que a legislação brasileira não permite que nem candidatos nem partidos podem receber recursos de procedência estrangeira – seja um cidadão, uma empresa ou governo.
Conforme o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Carlos Ayres de Britto, a punição é o cancelamento do registro do partido. “É uma questão de soberania nacional. Quando o partido recebe recursos do exterior, essa soberania fica precarizada. Por isso é que o partido sofre sanção mais gravosa, que é a parda do registro”, declarou à Veja.
Caso se confirmem os fatos elencados pela publicação no acordo de delação, as revelações de Palocci podem levar à extinção do PT e inviabilizar o sonho de Lula retornar ao Palácio do Planalto.
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