Em meio a uma série de denúncias de desvios de recursos públicos envolvendo contratos mantidos entre Governo do Estado desde a gestão do ex-governador Ricardo Coutinho (PSB) com as chamadas Organizações Sociais (OS), a exemplo da Cruz Vermelha gaúcha, que está sendo investigada pela operação Calvário deflagrada pelos Ministérios Públicos do Rio de Janeiro, Paraíba e Goiás, eis que o governador João Azevedo resolve sair da defensiva e partir para o ataque, a começar pela defesa de auxiliares que foram alvos de recente divulgação de áudios comprometedores e que apontariam para indícios de direcionamento e combinação de licitações e concorrências públicas.
Azevedo decidiu, depois de ampla investigação de dados e processos, que não vai afastar nenhum dos secretários citados em acusações circulantes nos últimos dias por admitir que em nenhum dos casos há desvios de conduta dos auxiliares, informa Walter Santos, em seu portal. “Ele resolveu ir para o debate público sobre as medidas de ampliação de controle das OSs, entre elas ligadas ao Hospital de Traumas para zerar a possibilidade de problemas internos”, registra a publicação.
Outra decisão do Governo, ressalta o portal, “é encarar o debate, inclusive com a Oposição, a partir da próxima semana quando serão retomados os trabalhos na Assembleia Legislativa do Estado”. Na prática, Azevedo pretende não só defender os auxiliares, mas abraçar com toda a sua força e energia o modelo adotado pelo ex-governador Ricardo Coutinho, responsável direto pela chegada da Cruz Vermelha, que protagoniza um escândalo que teria drenado quase R$ 2 bilhões dos cofres públicos para corrupção, segundo investigações, e outras OS na Paraíba.
Ainda conforme a publicação, João Azevedo teria convocado o líder do Governo, Ricardo Barbosa, para elencar todos os assuntos em debate na mídia nos últimos dias para explicar cada um dos fatos e contra-argumentar os oposicionistas a partir da próxima semana.
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