A Justiça de Minas Gerais determinou o bloqueio de R$ 11,5 milhões em bens do ex-governador do estado Aécio Neves (PSDB). O político é suspeito de usar aeronaves oficiais sem a comprovação de interesse público, segundo o jornal Folha de S.Paulo.
Ele teria feito mais de 1,3 mil viagens ao Rio de Janeiro, a Cláudio (MG), entre outros municípios. A decisão foi proferida pelo juiz Rogério Santos Araújo Abreu, da 5ª Vara da Fazenda Pública de Belo Horizonte, na última quinta-feira (21/2).
O ex-candidato à presidência da República tem cinco dias para apresentar à Justiça os bens no valor determinado na decisão, informou o veículo.
Segundo a promotoria que investiga o caso, Aécio fez 1.424 viagens aéreas entre janeiro de 2003 e março de 2010. No entanto, somente 87 tiveram justificativa. “No presente caso, extrai-se que o réu se utilizou da máquina pública, quando na função de governador de estado, para fins escusos, realizando mais de 1 mil viagens em aeronaves oficiais sem justificar finalidade”, disse o juiz.
A cidade de Cláudio, a 150km da capital Belo Horizonte, é reduto da família Neves. Foi lá que o governo de Minas construiu um aeroporto dentro de uma fazenda do tio de Aécio, no valor de quase R$ 14 milhões.
A Folha de S.Paulo procurou a assessoria de imprensa do ex-governador, que alegou surpresa na decisão judicial “tomada apenas 24 horas após a apresentação de um amplo conjunto de esclarecimentos feitos à Justiça”.
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