A entrevista coletiva de Deyverson, marcada de última hora na segunda-feira, foi um recado do Palmeiras ao atacante. Depois de tanto protegê-lo, era hora de ele ir a público e justificar aquilo que chamou de “brincadeira” no fim de semana, quando, em um vídeo vazado, contrariava Felipão e dizia estar a caminho da China.
– Vocês já fizeram várias entrevistas comigo, vocês viram que sou brincalhão. Hoje não é dia de brincar. Vim para esclarecer algumas coisas – disse, sério, na entrevista.
Foi uma entrevista bem curta. Instantes antes do início, os jornalistas foram avisados que Deyverson faria um breve pronunciamento e, em seguida, estariam liberadas somente três perguntas.
Ao mesmo tempo em que pôs o jogador para falar, o clube sabia que ele poderia se prejudicar ainda mais se fosse muito confrontado. Não à toa, sua última entrevista coletiva na Academia de Futebol tinha sido em 13 de novembro de 2017.
Não é de hoje o cuidado do Palmeiras em blindar Deyverson. Há muito tempo, o clube dosa as entrevistas do atacante na chegada e saída dos estádios, com receio de que ele possa alimentar polêmicas, dizer algo fora do recomendado.
Desta vez, antes ainda da enrolada negociação com o Shenzhen FC, da China, que não se concretizou, em vez de protegê-lo publicamente, o clube fez questão de se mostrar mais enérgico, até como resposta à torcida. Após a expulsão contra o Corinthians, quando deu uma cusparada no volante Richard, o multou em R$ 350 mil.
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