A segunda passagem do ex-senador Aécio Neves (PSDB-MG) como deputado federal começou com o máximo de discrição para um político que liderou o PSDB por quatro anos e chegou perto de presidir o Brasil até ser arrebatado por denúncias e gravações na Lava-Jato . Nas palavras de um deputado aliado, ele hoje está “comendo pelas beiradas, como um bom mineiro”. Aécio ainda não fez discurso na tribuna, registra O Globo.
De acordo com a publicação, de dez dias com sessões, marcou presença em sete, mas não passou muito tempo confraternizando no plenário. Sai no meio das sessões e das reuniões do PSDB para se recolher em seu gabinete. Seus aliados mais próximos se restringem a três dos quatro mineiros da bancada: Domingos Sávio (presidente estadual da sigla), Paulo Abi Ackel e Rodrigo de Castro.
Segundo O Globo, Aécio quis e conseguiu um espaço dos mais reservados da Casa, no subsolo do plenário. O gabinete tem pé direito baixo e nenhuma janela. Para evitar o abafamento, retirou a cozinha que existia no gabinete e instalou um ar-condicionado potente. Tal mudança implicou o sepultamento de um velho hábito: eram notórias as fornadas de pães de queijo que saíam quentinhos de seu gabinete no Senado e da presidência do PSDB na mesma casa.
Não tem falado sobre articulação política, ao menos não em público. Nos bastidores, contudo, atuou em favor de Renan Calheiros (MDB-AL) na disputa pela presidência do Senado, afirmando a aliados que o senador alagoano teria o voto do tucano mineiro Antonio Anastasia, o que não se concretizou.
Sobre a reforma da Previdência, disse à bancada que o Benefício de Prestação Continuada, um dos alvos da equipe econômica do governo, foi uma das grandes conquistas sociais do governo de Fernando Henrique Cardoso, aprofundada na era Lula, e não é algo de que se pode abrir mão.
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