Ele acrescentou que ainda é pequeno o número de mulheres no exercício da profissão de economista, mas a realidade vem se modificando ano a ano, embora de maneira muito lenta. “Ainda é pequena a representatividade feminina na profissão de economista”, disse, frisando que universo masculino é superior e as mulheres são poucas “na nossa área, em relação a outras profissões”.
Celso disse que a presença inferior de mulheres na profissão de economista se deve ao próprio curso de economia, que atrai mais os homens por ser um ambiento ainda muito masculino em função de cálculos, estatísticas e outras disciplinas mais complicadas, embora isso não seja dificuldade enfrentada apenas por mulheres.
Crescimento gradativo
“É uma questão de identidade com determinadas disciplinas (matérias), que, às vezes, foge um pouco ao interesse da mulher. Esta é uma das barreiras. Mas, gradativamente, a presença das mulheres nos cursos de economia e na profissão de economista vem crescendo gradativamente”, disse, lembrando que, quando ele se formou, na década de 1970, numa turma de 52 alunos, apenas três eram mulheres.
Hoje, de acordo com Celso Mangueira, a realidade não é a esperada, mas já não é a mesma verificada há 30 ou 40 anos. “Hoje, há um contingente muito maior da presença feminina nos cursos de Economia. Essa barreira, gradativamente, será rompida. E teremos uma presença feminina mais pujante na profissão de economista”, acrescentou.
Elogios à iniciativa
A economista Aniely Oliveira elogiou a iniciativa do Corecon-PB no sentido de homenagear as mulheres no dia delas. “Foi uma iniciativa muito importante pelo fato da nossa profissão ser marcada majoritariamente pela presença masculina”, declarou Aniely.
Ela disse que as homenagens foram direcionadas, também, às mulheres que fazem parte do Núcleo de Perícia na Paraíba, um mercado em crescimento. “Antes, era um mercado mais votado para a contabilidade. Agora, é um ramo novo na economia”, frisou.
Aniely disse que se orgulha de ser economista, pelo fato de a profissão ter amplo mercado e ter variedades de áreas para atuação, a exemplo do mercado financeiro, “um horizonte amplo de trabalho”.
O Núcleo de Perícia, segundo Aniely, vai auxiliar juízes e advogados nos cálculos econômico-financeiros em várias áreas, como cível e trabalhista. “Muitas vezes, o advogado não tem conhecimento na área financeira e o perito vai auxiliá-lo fazendo os cálculos e os laudos pericias”, frisou.
Já a estudante do 6º período do curso de Economia Daniela Alves, considerou sua participação na plenária de suma importância para enaltecer, parabenizar e perceber a importância da mulher no setor.
Ela afirmou que decidiu fazer o curso depois de muito pensar e optar por um curso que unissesse os cálculos matemáticos, os quais gosta muito e a área de política pública, de desenvolvimento, pois atua nessa área e ai se encontrou com a Economia. “Desde o primeiro minuto fiquei encantada com o curso, com a grade e é isso que quero seguir, estou muito realizada, é a profissão que quero para mim”, arrematou, orgulhosa.
Assessoria
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