A Força Tarefa que investiga um articulado esquema de corrupção no âmbito da saúde estadual deve deflagrar nos próximos dias uma terceira fase da operação calvário, mirando muito provavelmente parte do núcleo político e administrativo dos governos do PSB na Paraíba. A ‘senha’ foi dada pela jornalista Lena Guimarães, articulista do jornal Correio da Paraíba, em sua coluna na edição desta terça-feira (12) do periódico.
Para Lena, a decisão do desembargador Ricardo Vital de Almeida de revogar, a pedido do Ministério Público da Paraíba, a prisão preventiva do ex-assessor da Secretaria de Administração, Leandro Nunes Azevedo, confirma que diante do resultando das investigações, ele preferiu falar. Fez “confissão qualificada” sobre a sua participação e de outros na contratação da Cruz Vermelha para o Hospital de Trauma.
Ainda de acordo com a coluna, o patrimônio de Leandro foi alvo de investigação e o MPPB descobriu aquisições de imóveis, cujos vendedores confirmaram que pagamentos foram feitos em espécie. Um deles, no Bosque de Intermares, foi colocado no nome da mãe, que confirmou ser do filho.
E acrescenta que Leandro falou. Segundo o que está na decisão, ele produziu “uma longa explanação fática, envolvendo, inclusive, confissão qualificada, permitindo trazer a lume a dinâmica dos eventos ocorridos no Rio de Janeiro e em Sousa/PB, este último condizente ao repasse de valores com descrição detalhada de como teria se dado a comunicação, operacionalização e execução do evento ocorrido no Rio de Janeiro, citando nomes, apontando endereços e descrevendo o papel de cada ator na execução dos fatos, demonstrando, nitidamente, o intuito de contribuir com o esclarecimento da verdade”.
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